As chamadas «pílulas da felicidade» estão no centro de uma polêmica que põe em causa a eficácia dos fármacos, pelo menos nos casos menos graves.
Os efeitos dos antidepressivos podem estar aquém do anunciado. A dúvida foi lançada pela publicação de um estudo no jornal PloS Medicine, após uma análise de 47 estudos clínicos diferentes. Na maioria dos estudos, o doente efectivamente melhora – mas as diferenças entre o fármaco e o placebo são poucas.
A excepção acontece nos casos mais graves da doença, onde o efeito benéfico dos antidepressivos é mais acentuado. Mas os investigadores da Universidade de Hull acreditam que isto acontece porque o efeito placebo deixa de funcionar – não porque os antidepressivos comecem a funcionar melhor.
“Usando todos os dados (incluindo estudos ainda não publicados) e um grande conjunto de informação já publicada, concluímos que o efeito geral dos antidepressivos de nova geração está abaixo dos critérios de relevância clínica recomendados”, lê-no artigo. Irving Kirsch, um dos investigadores responsáveis, acredita que a análise “sugere que a prescrição de fármacos poderá ser ainda mais restringida”.
O alerta lançado pelo estudo junta-se aos receios crescentes sobre os efeitos secundários dos antidepressivos. Alguns casos de suicídio entre os mais jovens foram relacionados com a toma deste tipo de medicamentos, o que originou a emissão de alguns alertas e a uma maior precaução por parte dos médicos.
Criados na década de 80, os antidepressivos são fármacos estabilizadores do humor que combatem as depressões clínicas através do aumento da actividade dos neurotransmissores e da quantidade de serotonina no cérebro.
FONTE: http://www.performance.pt/html/saude_desc.asp?id=470
Nenhum comentário:
Postar um comentário