quinta-feira, agosto 26, 2010

Italianos investem R$ 20 milhões em usina em Colatina


A italiana Nòvabra inicia em 2011 a construção de uma usina para a extração do óleo do pinhão-manso. A unidade ficará em Colatina, numa área de 100 mil metros quadrados próxima ao Terminal Rodoferroviário de Cargas. O investimento inicial é de R$ 20 milhões e o início da operação está marcado para 2012. Até 2015 os outros módulos serão construídos e a fábrica atingirá sua produção máxima: 50 mil toneladas de óleo por ano.Toda essa produção será exportada para a Itália, onde o óleo será transformado em biodiesel. As leis italianas obrigam a mistura de biodiesel ao diesel tradicional. A cada 100 litros, cinco são do combustível ecológico. Segundo o diretor do Grupo API – um dos maiores conglomerados de energia da Europa e dono da Nòvabra – Mauro Sartori, a usina abrirá 70 vagas de trabalho.“Essa é a primeira etapa dos investimentos que vamos fazer no Estado. Até 2014 serão mais R$ 30 milhões, parte na ampliação da produção do pinhão e outra parte na ampliação do parque fabril. Hoje, o diesel vendido na Itália tem 5% de biodiesel. Em 2020, a lei muda e serão 10%. A produção vai ter que aumentar e os investimentos também”, diz Sartori.Até 2014, os europeus querem dispor de 25 mil hectares plantados no Norte e Noroeste do Espírito Santo com capacidade de produzir 50 mil toneladas/ano de óleo cru. Em 2012, primeiro ano de funcionamento, a produção de óleo deve ficar em pouco mais de cinco mil toneladas. Na área da usina ainda serão construídos armazéns para a estocagem dos grãos, do óleo e da torta que sobra depois que os grãos do pinhão-manso são prensados. Até o ano que vem serão realizados estudos para definir a tecnologia adequada para o projeto de extração e valorização da torta. Com essa torta, é possível fazer ração e fertilizantes. A casca do pinhão pode ser usada como carvão vegetal e matéria-prima na fabricação de papel. O Grupo API escolheu o Espírito Santo para investir porque o pinhão é uma planta tolerante à seca e bem adaptada às condições de solo e clima da região Norte e Noroeste do Estado. O foco agora é convencer os pequenos e médios produtores capixabas a investirem na cultura. A Nòvabra dá as mudas e financia os insumos agrícolas.A expectativa é de que cerca de cinco mil novos postos de trabalho sejam gerados em todo o entorno. Os italianos garantem a compra de 100% da produção. O contrato entre a empresa e os agricultores é de 14 anos, a empresa adianta os insumos agrícolas nos primeiros três anos.Pinhão-manso. É um arbusto grande, de crescimento rápido, que atinge até três metros de altura, mas pode alcançar até cinco metros, em condições especiais. A semente do pinhão possui 38% de óleo, sendo utilizado como matéria-prima do biodiesel. É uma planta perene que produz por 30 a 40 anos.
Produtividade.
Chega a produzir entre cinco e seis toneladas de grãos/ano por hectareIncentivos. Os italianos garantem a compra de toda a produção, dão as mudas e adiantam os insumos.
Biodiesel.
É um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis. Pode ser produzido a partir de gorduras animais ou de óleos vegetais.
Nòvabra.
É o braço brasileiro da Nòva Energia, empresa especialista em energias limpas do conglomerado italiano API, um dos maiores grupos petrolíferos e energéticos da Europa.
Fonte: Gazeta Online

Saúde - O uso de chupetas e suas consequências



Considerando o universo do recém-nascido, não são poucas as novidades e mudanças presentes e, justamente nesta época, quando os pais, em sua maioria, estão inseguros quanto ao que fazer, ainda se deparam com o dilema da chupeta...usar ou não usar?
Uma das certezas a respeito da chupeta é que a mesma não é necessária, mas uma resposta definitiva a esta pergunta poderia ser encarada como uma solução simplista que certamente iria favorecer o cirurgião-dentista, além de transferir toda a responsabilidade aos pais. Portanto, em nosso entender, nossa responsabilidade é compartilharmos com os pais as vantagens e desvantagens do uso da chupeta, possibilitando aos mesmos uma escolha consciente. Sabe-se que o uso da chupeta, ou dispositivo de sucção, com a finalidade de acalmar a criança, foi adquirido culturalmente, evoluindo de soluções artesanais tais como “embrulhinhos” de tecidos feitos com recheio doce ou açúcar, até os modelos industrializados de látex ou silicone, de múltiplos formatos, cores e preços, oferecidos atualmente e que muitas vezes já fazem parte do enxoval do bebê. A sucção é um reflexo primitivo de grande importância que ocorre desde a vida intrauterina. Sua ocorrência durante a amamentação proporciona ao recém-nascido a sobrevivência, além de estabelecer o vínculo afetivo com a mãe. Um dos aspectos mais relevantes é que a criança, ao mamar, procura atingir, com a sucção, satisfação alimentar e muscular, porém esta condição nem sempre é conseguida simultaneamente. A obtenção desta dupla satisfação é alcançada pelos bebês que são amamentados pelo aleitamento natural; assim, a amamentação materna acaba saciando ao mesmo tempo a necessidade alimentar e de sucção, resultando em um bebê satisfeito. Porém, nas crianças com aleitamento artificial, que usam mamadeira, a plenitude alimentar será atingida, mas não a plenitude neural (muscular), e serão justamente estas crianças que poderão necessitar de um complemento para esta sucção, e nesses casos a chupeta poderá ser usada para complementar esta necessidade de sucção, e não simplesmente para acalmar a criança. Ao optar-se pela utilização da chupeta, opta-se também pelo seu uso racional para que não se instale um hábito.
Conseqüências do uso da chupeta
O uso da chupeta geralmente não deve ser recomendado, pois são inúmeras as consequências danosas dos hábitos de sucção não nutritivos para o desenvolvimento orofacial. O uso da chupeta pode promover o desmame precoce, pois a posição de língua para a sucção da chupeta é diferente daquela realizada para a amamentação. O posicionamento da língua para a sucção da chupeta é mais fácil e na hora da amamentação o bebê colocará a língua nesta posição e não conseguirá retirar o leite, chorando de fome, rejeitando o peito. O hábito de sucção pode causar alterações morfológicas na movimentação de língua e musculatura perioral, tornando-as flácidas, o que dificulta a mastigação e a deglutição. As alterações também poderão ocorrer no palato duro, levando ao desenvolvimento de uma respiração bucal, que pode ser responsável por alteração de postura e sono agitado com ronco, deixando a criança cansada, sem vontade de brincar e desatenta, contribuindo assim para dificuldades escolares. Em relação aos dentes, o hábito de chupar chupeta também pode causar a mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior. A criança fica com a face desarmônica e a oclusão incorreta o que contribui para dificuldades na fala, deglutição e fala. Deve-se salientar que a severidade dos efeitos nocivos decorrentes do uso das chupetas é dependente de alguns parâmetros como a duração (período de utilização), freqüência (número de vezes ao dia) e intensidade (duração de cada sucção e grau de atividade dos músculos envolvidos) do uso da chupeta. Além disso, outros fatores também podem influenciar nas conseqüências do seu uso: a idade do término do hábito, o padrão de crescimento da criança e o grau de tonicidade da musculatura bucofacial. Quando a chupeta for utilizada, deve-se dar preferência às chamadas chupetas “ortodônticas”, que são aquelas que possuem um formato anatômico, que se adapta à cavidade bucal da criança, ajustando-se ao palato e à língua, possibilitando um acompanhamento do movimento de sucção. O tamanho da chupeta também deve ser compatível com a cavidade bucal. Finalizando, deve-se enfatizar que a indicação para o uso de chupetas é restrita. O aleitamento natural deve ser incentivado, o que irá diminuir a necessidade da sucção extra.
Fonte : IDMED