terça-feira, maio 10, 2011

“Colesterol ruim” pode não ser tão ruim assim, afirma pesquisa

O chamado “colesterol ruim”, mais conhecido como LDL, pode não ser tão ruim como se pensa. Foi o que constatou um estudo da Universidade Texas A&M, que reacende o debate sobre colesterol, principalmente entre adultos que se exercitam. O estudo foi publicado no Journal of Gerontology.

Os pesquisadores examinaram 52 adultos de 60 a 69 anos que não eram fisicamente ativos, mas que estavam com a saúde geral boa. O estudo mostrou que, após terem sido submetidos a treinos vigorosos, os participantes que ganharam mais massa muscular também tiveram níveis mais elevados de LDL, o “colesterol ruim”. “Isso mostra que é necessária certa quantidade de LDL para ganhar mais massa muscular. Não há dúvidas de que é preciso os dois – LDL e HDL – e a verdade é que o colesterol é algo bom. Não se pode simplesmente remover todo o colesterol ruim do corpo sem gerar problemas graves ao organismo”, diz Steve Riechman, um dos pesquisadores.

O LDL é referido como colesterol ruim porque tende a acumular nas paredes das artérias, causando uma desaceleração do fluxo sanguíneo, que, muitas vezes, leva a ataques do coração e outras doenças cardíacas. Já o HDL, considerado bom, ajuda a remover o colesterol acumulado nas artérias. “Mas é aí que as pessoas começam a entender tudo errado. O LDL tem um propósito muito útil. Ele atua como um sinal de que algo está errado e mostra ao corpo estes sinais de alerta. As pessoas costumam dizer que querem se livrar de todo o colesterol ruim, mas o fato é que, se isso acontecesse, você morreria”, explica Riechman. “Todo mundo precisa de uma quantidade do LDL e HLD no corpo. Precisamos mudar esta ideia do LDL sendo sempre o vilão”, completa.

Segundo o pesquisador, os tecidos precisam do colesterol que é entregado pelo LDL. “Quanto mais LDL no sangue, melhor a construção do músculo durante o treinamento de resistência”, afirma. Riechman diz que este estudo também poderia ser útil para uma condição conhecida como sarcopenia, que é a perda muscular devido ao envelhecimento.


Fonte: Journal of Gerontology

Pisadas: qual é o seu tipo?

Não basta só olhar para os pés do corredor. É importante observar joelhos e quadril, em movimento e parado.

É muito importante definir corretamente a maneira como você pisa ao caminhar e correr, é fundamental na escolha do tênis apropriado, evitando lesões e dores posteriores.

Antes de mais nada, é preciso lembrar que teste de pisada não é observar o desgaste da sola do calçado. Isso costuma levar a um diagnóstico errado, do chamado “falso supinador”. É preciso analisar quando e como o calcanhar toca o solo.

Fique atento às características abaixo e, se rolar alguma dúvida, faça um novo teste de pisada, de preferência numa clínica de fisioterapia ou ortopedia.

Pronadores

Pronadores têm a pisada para dentro, apoiando o pé mais internamente. A maioria dos pronadores apresenta joelho valgo, isto é, curvo para dentro. Isso força não só os próprios joelhos, podendo levar à dor e a problemas de menisco, como também o quadril.

Além disso, os casos de pronação costumam ser mais frequentes entre as mulheres, devido à anatomia preparada para a gravidez e o parto. O quadril mais largo acaba forçando os joelhos, que se curvam para dentro. Para manter o equilíbrio do corpo, o ponto de apoio dos pés fica mais interno, provocando a pisada pronada. Isso é conhecido como joelho em X.

Supinadores

A pisada supinada é a mais rara dos três tipos. Acontece quando o ponto de apoio do pé é na região mais externa. Nesse caso, o corredor costuma ter joelhos varos, ou seja, abertos.

Neutros

Os sortudos que têm pisada neutra não apresentam nenhum tipo de desvio ao caminhar ou correr. Os neutros não sofrem nenhum desabamento lateral do calcanhar. O pé toca o solo corretamente e o ponto de apoio é central.

No caso dos neutros, as pressões são equilibradas e suportadas de maneira certa pelos joelhos e quadris.

 
Lesões mais comuns em corredores:

Uma dorzinha aqui, outra acolá, um músculo que “pega’’ depois do oitavo quilômetro, aquela fisgada na panturrilha quando o percurso é íngreme… todo corredor tem um rosário de dores familiares, que aparecem com certa frequência e geralmente não incomodam muito, apenas o lembram do esforço físico. Entretanto, por ser uma atividade de alto impacto e totalmente viciante, a corrida produz algumas lesões que pedem atenção e tratamento. Nada grave: a tríade fisioterapia, descanso e gelo costuma resolver. (É IMPORTANTE A ORIENTAÇÃO DE SEU MÉDICO/FISIOTERAPEUTA E DE SEU PROFESSOR.)

Entorses de tornozelo

Corredor de rua já sabe: volta e meia um buraco aparece no caminho e lá se vai o pé, pisando meio fora, meio dentro e estirando ou até mesmo rompendo os ligamentos do tornozelo. Em geral, gelo e repouso são suficientes para reduzir a inflamação e cicatrizar a cartilagem lesionada. Entretanto, se a dor for muito intensa e persistir, é importante procurar um ortopedista (especialista em pé e tornozelo) que avalie a lesão e libere o retorno aos treinos.

Tendinite no tendão de Aquiles

Tendão de Aquiles é o ligamento que vai do calcanhar até a panturrilha. Quando inflamado, provoca dor durante caminhadas e trotes curtos, dor pela manhã e mesmo sua ruptura parcial pode necessitar de cirurgia (por orientação médica).

Para tratar procure um ortopedista e um fisioterapeuta, reduza treinamentos em ladeiras e aplique gelo. Em alguns casos, os treinos têm que ser abandonados por um período, para que o tendão seja totalmente recuperado.

Dor patelofemoral - Síndrome da dor patelofemoral (dor anterior no joelho)

É a dor mais comum entre corredores – talvez por ser mais chata de todas e de difícil indicação: a dor é difusa, ocorre no joelho como um todo e o corredor não sabe indicar exatamente onde é o ponto dolorido. Além disso, pode aparecer horas após o treino, como durante uma sessão de cinema, em que a perna fica na mesma posição.

Trata-se de uma inflamação na articulação (estruturas que compõem a articulação do joelho) que une a patela do joelho e o fêmur, o osso da perna. Ocasionada por falta de alongamento e excesso de treinos, o tratamento é muito simples: alongue-se bastante, antes, durante e depois do treinamento, e fortaleça os músculos das pernas com sessões de musculação na academia, focando especialmente o quadríceps femoral (parte anterior das coxas). Caso a dor persista, orientação médica torna-se necessária.

Canelite

Mais uma das campeãs entre corredores, a canelite é uma dorzinha que aparece na região da frente da canela e se intensifica se o treino é feito em subidas. Como em quase todas as lesões, é resultado de alongamento malfeito e excesso de esforço. Gelo e anti-inflamatórios sob prescrição médica costumam resolver o problema.

Importante lembrar também que fazer um aquecimento antes de pegar pesado na corrida e usar um tênis adequado ao seu biotipo e à sua pisada é fundamental para evitar qualquer problema.

Fasciíte plantar

A fáscia plantar é uma faixa de tecido conjuntivo que reveste o músculo flexor dos dedos, na planta do pé. Geralmente o corredor se queixa de uma dorzinha próxima ao arco do pé ou ao calcanhar quando esse tecido está inflamado. Isso pode acontecer em casos de superpronação ou falta de alongamento.

Isso mesmo, alongamento do pé. Para alongar a fáscia plantar, utilize uma bolinha e massageie toda a sola, dos dedos ao calcanhar, após a corrida. E utilize um tênis adequado à sua pisada.

Metatarsalgia

Um nome complicado para uma das reclamações mais frequentes entre corredores: a inflamação na parte frontal da sola do pé, onde os ossos metatarsais se conectam aos dedos. A sensação é semelhante à de se pisar constantemente sobre uma pedrinha e a dor pode ser bem intensa, a ponto de dificultar uma simples caminhada.

A metatarsalgia ocorre por um problema no alinhamento dos ossos metatarsais, agravado pela corrida, ou também a algum tipo de pé em que o atleta solta uma descarga de peso exagerada nessa região. Use uma almofada metatarsal entre a palmilha e o pé, na região que dói. Ela irá ajudar a amortecer o impacto sobre o local. E uma palmilha personalizada sob medida também ajuda nestes casos.

Neuroma

Os neuromas não são exclusivos de corredores; mulheres que exageram no salto alto são as vítimas preferenciais. Aparece como uma dor na parte frontal do pé, entre o segundo e o quarto dedos, com perda de sensibilidade e até formigamento. Importante: dói mais quando se está calçado do que quando descalço, e melhora se o pé é massageado.

O neuroma é causado por nervos pinçados ou irritados na parte frontal do pé, devido à movimentação exagerada dos ossos metatarsais. Aqui também vale o uso de almofadas metatarsais que complementem o amortecimento do próprio tênis.

Se a dor for persistente, procure um médico para exames mais apurados.


Estudo sugere receita ideal de suco com 7 frutas para proteger coração

Acerola, maçã, uva, mirtilo, morango, lingonberry e chokeberry seriam a mistura mais efetiva, segundo pesquisadores franceses

Uma pesquisa francesa indica que uma receita que mistura o suco de sete frutas pode diminuir o risco de ataque cardíaco e derrame.

Os cientistas testaram diferentes vitaminas com 13 frutas diferentes e descobriram - em testes de laboratório com porcos - que algumas misturas eram mais efetivas em fazer com que as paredes das artérias relaxassem.


A receita ideal, segundo os pesquisadores, inclui frutas fáceis de se encontrar no Brasil, como maçã, uva, morango e acerola. Mas encontrar os demais ingredientes - mirtilo, lingonberry (amora-alpina ou arando-vermelho) e chokeberry (conhecida nos Estados Unidos como aronia)- pode ser uma tarefa complicada.

Polifenóis

Estudos anteriores revelaram que compostos encontrados nas frutas, os polifenóis, protegem o coração e impedem o entupimento das artérias.

Os cientistas franceses decidiram então testar o efeito antioxidante de diferentes misturas de sucos de frutas.

Segundo os pesquisadores da Universidade de Estrasburgo, o coquetel de sete frutas mais efetivo testado por eles aumentaria o fluxo de sangue para o coração, garantindo um melhor equilíbrio entre nutrientes e oxigênio.

O estudo, publicado no periódico "Food and Function", da Royal Society of Chemistry, também descobriu que alguns polifenóis são mais potentes que outros e que sua capacidade de eliminar radicais livres que podem danificar células e DNA é mais importante que a quantidade de polifenóis encontrada em cada fruta.

Saúde

Tracy Parker, da organização British Heart Foundation, diz que a pesquisa confirma a evidência de que o consumo de frutas e legumes reduz o risco de doenças cardíacas, mas faz uma ressalva.

Nós ainda não entendemos por que, ou se, algumas frutas e legumes são melhores que outros. Mesmo este estudo admite que os cientistas não conseguiram estabelecer nenhuma ligação, diz ela.

O que sabemos é que devemos comer uma boa variedade de frutas e legumes como parte de uma dieta balanceada, e suco de fruta é uma maneira prática e gostosa de fazer isso. Mas precisamos lembrar que sucos contêm menos fibras e mais açúcar que a fruta original.

Fonte: Gazeta Online