segunda-feira, outubro 04, 2010

Vegetarianismo - Crianças e adolecentes


Bebês de gestantes vegetarianas nascem saudáveis?

A saúde de crianças geradas por mães vegetarianas é influenciada pelo tipo de alimentação durante a gravidez. A nutrição da criança em formação depende dos estoques de nutrientes da mãe. Uma alimentação muita restritiva pode causar deficiências nutricionais no bebê, especialmente com relação ao ferro, zinco e vitamina B12.


É possível dar uma alimentação baseada no vegetarianismo para bebês?

O leite materno é o alimento mais adequado para bebês e deve ser a alimentação exclusiva até seis meses de idade. A Organização Mundial da Saúde recomenda a ingestão de leite materno até dois anos de idade e após seis meses de vida o leite deve ser complementado com outros alimentos. Deve-se ter o cuidado de suprir alimentos fontes de outros nutrientes, após seis meses de idade, que não são encontrados em quantidades consideráveis no leite. Atenção especial deve ser dispensada ao ferro e às vitaminas. Na maioria das vezes, os vegetais têm uma concentração mais baixa de ferro, cálcio, zinco, e não contêm vitamina B12, portanto é essencial o acompanhamento de bebês de mães vegetarianas por médicos e nutricionistas.


Há uma idade certa e que é mais adequada para tornar-se vegetariano?

Algumas situações fisiológicas, tais como o crescimento e a gestação, necessitam de maior cuidado com relação à alimentação. Nessas condições as pessoas estão mais vulneráveis a carências nutricionais, pois as necessidades nutricionais do organismo, em geral, são maiores quando comparadas às dos adultos. Assim, as adaptações alimentares de um adulto são mais fáceis de serem conduzidas com relação à nutrição.



O que os pais devem fazer quando os filhos optam por não comer carne?

As pessoas podem optar livremente por comer ou não carne, mas é necessário que sejam informadas sobre a necessidade de orientação de um profissional especializado (nutricionista ou médico) para consumir uma alimentação adequada, especialmente quando se trata das fases de infância e adolescência. As carnes são fontes de proteína e ferro de alta qualidade e por outro lado contêm gordura saturada e colesterol. Os alimentos substitutos das carnes devem fornecer proteína e ferro para auxiliar na concentração total destes nutrientes na alimentação.


Como é possível garantir os nutrientes necessários para as fases da infância e adolescência?

O consumo de uma alimentação com todos os grupos de nutrientes (proteínas, carboidratos, gorduras, minerais, vitaminas) é fundamental para assegurar o crescimento e desenvolvimento adequados. Isso pode ser alcançado mais facilmente com a ingestão de uma alimentação variada, colorida e com um equilíbrio de alimentos de origem animal e vegetal. No entanto, a alimentação exclusivamente vegetal pode ser equilibrada nutricionalmente, embora seja mais difícil combinar alimentos vegetais que contemplem todas as necessidades nutricionais. Em alguns casos é necessário o uso de alimentos enriquecidos ou suplementos de vitaminas e minerais.


É verdade que os ovolactovegetarianos (que banem somente a carne) correm menos risco de ter deficiência nutricional do que os veganos (que não aceitam nenhum produto de origem animal)?

Quanto mais restritiva for a alimentação, maior a probabilidade do surgimento de deficiências nutricionais. Não existe na natureza um alimento que contenha todos os nutrientes em quantidades suficientes para atender às necessidades do organismo. Os alimentos são diversificados quanto à fonte de nutrientes. Desse modo, o consumo de maior variedade de alimentos aumenta a probabilidade de atingir as necessidades de nutrientes. Entretanto, a alimentação vegan pode atender às necessidades nutricionais, desde que seja bem planejada. Para isso é necessário usar recursos, tais como alimentos enriquecidos ou suplementos de determinados nutrientes.


Adolescentes que optam pelo vegetarianismo com o ideal de emagrecimento rápido podem sofrer quais consequências?

Qualquer dieta que seja realizada com o propósito de emagrecimento rápido pode causar prejuízos nutricionais. O problema pode ser agravado se o adolescente já não tem o hábito de consumir alimentos que supram as necessidades nutricionais, mesmo que esteja com sobrepeso ou obeso. Em geral, a deficiência de ferro é a mais comum de ser diagnosticada, porém outras carências de minerais e vitaminas podem surgir com o tempo de uso de uma alimentação muito monótona.


Quais os benefícios que as pessoas têm quanto mais cedo começam a ter uma alimentação vegetariana?

A alimentação com predominância de vegetais (frutas, hortaliças e alimentos integrais) pode favorecer a saúde do indivíduo. Diversos compostos (polifenóis, fibras) encontrados nesses alimentos desempenham funções que auxiliam os processos fisiológicos e podem reduzir os riscos de algumas doenças crônicas. Entretanto, uma combinação inadequada desses alimentos ingerida por longo tempo, tais como alimentos com baixa concentração de proteínas, cálcio, zinco, ferro, selênio, vitamina B12, tem o efeito contrário, pois causa prejuízos à saúde.


Crianças com pais vegetarianos têm maiores chances de seguir o vegetarianismo?

No mundo globalizado em que vivemos as influências externas são muito significativas entre crianças e adolescentes. A adesão ou não ao vegetarianismo depende de diversos fatores, embora as crianças sejam mais susceptíveis à adoção de hábitos por influência dos pais. O exemplo prático dos pais é um recurso poderoso para a formação de crianças. No entanto, outro aspecto importante no desenvolvimento de hábitos alimentares são as preferências de alimentos baseadas nas características sensoriais (sabores, aromas, texturas, consistência), que são pessoais.


É possível manter uma dieta vegetariana com bom desempenho esportivo?


A alimentação convencional ou vegetariana deve ser adequada ao desempenho físico de cada pessoa. Isso significa que o exercício físico extremo requer uma alimentação suficiente em energia, rica em carboidratos, adequada em proteínas, gorduras, sais minerais e vitaminas. Também é válida a noção de que, quanto mais restrita e monótona a alimentação, maior a dificuldade para adequá-la às necessidades do organismo

Fonte: IDMED

Mau humor em excesso pode virar doença


O dia a dia nas grandes cidades é cada vez mais agitado e estressante. Além disso, os problemas pessoais contribuem para deixar homens e mulheres mal-humorados.

O problema é quando esse comportamento se torna um hábito e uma simples irritação pode se transformar em doença.

O psicólogo José Roberto Leite explica que estresse muito forte tem o poder de iniciar uma depressão, que nem sempre se manifesta com tristeza.

Alguns sintomas acompanham as alterações do cérebro, como a perda de apetite e de sono, além da dificuldade de concentração.

Apesar de constante, pouca gente percebe e reconhece o transtorno, muitas vezes confundido com personalidade difícil.

Fonte: Folha Vitória

Comer, rezar, amar. Será esta a fórmula da felicidade?


Veja porque a alimentação, a fé e o relacionamento proporcionam prazer e bem-estar

No livro "Comer, Rezar, Amar", que virou filme e estreou na última sexta-feira (1º), Elizabeth Gilbert tinha trinta anos e tudo o que qualquer mulher poderia querer: um marido apaixonado, uma casa espaçosa que acabara de comprar, o projeto de ter filhos e uma carreira de sucesso. Mas em vez de ser feliz e realizada, sentia-se confusa, triste e em pânico.

A personagem enfrentou um divórcio, uma depressão e outro amor fracassado. Até que decidiu tomar uma decisão radical: livrou-se de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego, e partiu para uma viagem de um ano pelo mundo - sozinha. Na Itália, Elizabeth aprendeu a sentir prazer através da comida. Na Índia, se concentrou na espiritualidade, praticando meditação e buscando auto-conhecimento. Em Bali, na Indonésia, encontrou o amor.

Muitas pessoas passam a vida inteira à procura da felicidade. Alguns a encontram ainda na juventude, outros demoram um pouco mais ou sequer sabem por onde começar essa busca. Mas a pergunta que não quer calar é: qual a fórmula ideal para alcançá-la, afinal? O que uma pessoa precisa para ser plenamente feliz? Uma psicóloga, uma nutricionista e um filósofo revelam que tipo de relação os três elementos enaltecidos pelo filme (alimentação, fé e relacionamento) têm com esse sentimento tão almejado.

De acordo com a nutricionista Samira Lecoque, comer é altamente prazeroso. Na hora da alimentação, o corpo libera endorfina e serotonina, que são hormônios que provocam alegria e prazer. " Ao invés de comermos só por questões fisiológicas, nós sentimos prazer em nos alimentar, principalmente em um ambiente aconchegante e com pessoas agradáveis. Comer pode ser considerado até uma terapia", revela.

A psicóloga Fernanda Freitas não crê em uma receita exata para ser feliz. Ela explica que, para isso, a pessoa precisa encontrar dentro de si mesma o que lhe transmite prazer e paz interior. " A felicidade não está relacionada somente a fatores externos, ela é um sentimento de auto-realização e bem estar subjetivo. Existem aspectos que contribuem para a pessoa ser feliz, mas uma fórmula, em si, não existe", esclarece.

Fernanda afirma que a vivência da espiritualidade é um fator importante para a pessoa se considerar feliz. Relacionamentos amorosos também podem colaborar, mas isso é relativo; não é preciso ter um parceiro amoroso para alcançar a felicidade. "Existem pessoas que escolhem viver sozinhas e não se sentem infelizes por este motivo. O importante é a pessoa criar laços e manter relacionamentos com outros seres humanos que sejam satisfatórios afetivamente. Pode ser com a família ou com os amigos", salienta.

O filósofo e doutor em Ciências da Religião, Edebrande Cavalieri, acredita que a fé é uma força dinâmica da própria subjetividade e quem tem fé, tem mais chances de ser feliz.. "A fé, sendo autêntica, tem uma relação direta com a felicidade. É como se a pessoa exercesse perante a vida e a sociedade um ato de esperança e de confiança. Muitas vezes, a fé tem influência até mesmo nos processos de cura e de terapia"diz.

Comer, rezar, amar. Esta foi a fórmula que Elizabeth encontrou para ser feliz, o que não significa que seja a única. Cabe a você descobrir quais sentimentos, desejos e atos lhe farão bem e criar a sua própria receita.

Fonte: Gazeta Online