quinta-feira, janeiro 20, 2011

O que levar para a maternidade?


O-que-levar-para-a-maternidade-Veja-os-preparativos-para-a-mala-do-bebe-e-da-mamaeA data da chegada do bebê está próxima e a futura mamãe se pergunta (especialmente as de primeira viagem): o que levar para a maternidade? É importante ter essa preocupação para sentir-se segura e estar preparada a qualquer momento para a ida à maternidade.

Pensando nisso, preparamos a lista maternidade abaixo com dicas do que comprar ou separar para organizar-se com tranquilidade para a chegada do bebê.

Confira!

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Sugestão de como arrumar a mala do bebê (lista básica, mas fica a critério de cada um levar mais ou outros itens):

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Outras informações importantes

Dê preferência aos tecidos de algodão, evite os sintéticos. Lave as roupinhas do bebê com sabão neutro. Se possível, lave tudo à mão. Para seu controle e assegurar que o bebê use as roupinhas do jeito e no dia que você deseja, organize as roupinhas e acessórios de cada dia em saquinhos especiais para dar à enfermeira.

Pronto! A lista do que levar para a maternidade já deu uma ideia dos itens e do que separar e comprar para as primeiras horas com o bebê. Sair às compras e arrumar a mala do hospital é sem dúvida uma das atividades mais prazerosas da gravidez. Por isso curta bastante esses momentos. Outra vantagem: depois de preparar a mala maternidade, você terá mais tempo para concentrar-se em outras coisas para este momento tão esperado: o nascimento do bebê.

Lidia Gomes é Doutora em Ginecologia pela FMUSP e especialista em Obstetrícia.

FONTE ; IDMED

Hanseníase: o que todas as pessoas devem saber sobre a doença


Por que a hanseníase ainda é um problema de saúde pública no Brasil?

Fatores históricos relacionados à entrada da doença no Brasil por imigrantes europeus e africanos, retardo na implantação de políticas de controle, ocupação desordenada do território brasileiro pela migração interna e manutenção de iniquidades sociais explicam a situação endêmica e até hiperendêmica atual. Felizmente vislumbra-se tendência de queda lenta da endemia no Brasil.

A hanseníase, transmitida por uma micobactéria, ou bacilo de Hansen, seu descobridor, antigamente chamada lepra, é hoje uma doença de diagnóstico simples, em unidades básicas de saúde, e tem cura. Quando o diagnóstico é precoce, na fase inicial da doença, o tratamento é mais rápido e a cura sem sequelas. Entretanto, todos os estados brasileiros diagnosticam casos dessa doença, que é mais frequente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Como se transmite a hanseníase?

De pessoa a pessoa, pela respiração. A maioria das pessoas infectadas não adoece, razão pela qual não temos uma epidemia. As pessoas que não oferecem resistência ao bacilo causador da doença, vivendo em área endêmica, adoecem, mas nem todas elas desenvolvem formas contagiosas da doença. O diagnóstico e o tratamento da hanseníase no início dos sintomas interrompem a cadeia de transmissão.

A vacina BCG oferece total proteção contra a hanseníase?

Total não. A vacina BCG protege contra as formas graves da hanseníase. Tem a mesma ação que na tuberculose.

De quanto em quanto tempo é necessário tomar novamente a vacina BCG? Tomar apenas uma vez protege contra a hanseníase pela vida inteira?

A aplicação da vacina BCG depende da história vacinal da pessoa. Seguem as recomendações abaixo:

Sem cicatriz da vacina no 1º mês de vida: fazer uma dose;

Com uma cicatriz de BCG anterior: fazer uma dose;

Com duas cicatrizes de BCG: não fazer nenhuma dose.

Na incerteza de cicatriz vacinal ao exame dos contatos intradomiciliares (considera-se como contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que resida, ou tenha residido com o doente, nos últimos cinco anos), recomenda-se uma dose, independentemente da idade.

A vacina BCG deverá ser aplicada nos contatos intradomiciliares sem presença de sinais e

sintomas de hanseníase no momento da avaliação clínica (dermatológica e neurológica).

Contatos intradomiciliares de hanseníase com menos de 1 ano de idade, já vacinados, não

necessitam da aplicação de outra dose de BCG.

A hanseníase pode ser passada de mãe para filho?

Sim. Mas não de forma vertical, na gestação. Apesar da possibilidade remota, não há evidências dessa transmissão. Mas o contato da mãe doente na amamentação e nos cuidados é uma fonte de transmissão frequente.

A hanseníase pode ser transmitida em relações sexuais?

Sim, mas a hanseníase não é considerada uma doença de transmissão sexual obrigatória. O contato íntimo permite troca de secreções e respiração próxima e, é claro, pode ser uma via de transmissão de doenças, além daquelas doenças ditas de transmissão sexual obrigatória. Mas é uma via de contato com raros estudos mostrando sua evidência.

Por que há pessoas que não desenvolvem os sintomas da hanseníase?

A maioria das pessoas reage e mata o bacilo, portanto não adoecem. Ele então vai se multiplicar naquelas pessoas que, por um defeito de sua resposta defensiva (imunidade celular), permitem que o bacilo se multiplique. Também influi a endemicidade do meio onde vivem. Quanto maior a circulação de bacilos, mais chances de adoecer.

Como as pessoas manifestam a doença?

De acordo com a capacidade de responder ao bacilo de Hansen e também de acordo com o momento em que se faz o diagnóstico, a pessoa poderá apresentar diferentes tipos da doença.

Assim, as manifestações clínicas podem ser discretas, apenas na pele, ou apenas nos nervos periféricos, ou em ambos e até acometer todo o organismo.

Quais as características clínicas de cada apresentação da doença?

A forma Indeterminada-I é a apresentação inicial da doença. Em geral uma mancha esbranquiçada ou área da pele com alteração da sensibilidade ao calor e à dor (meio dormente ou com sensações de formigamento), mas de início pode ser assintomática. Pode também ocorrer queda de pelos e secura da pele (não sua no local). Essa mancha pode permanecer durante anos e evoluir para as formas polarizadas (T, D ou V) ou até desaparecer. O diagnóstico nessa fase impede essa evolução.

A hanseníase Tuberculoide-T é caracterizada por uma lesão de pele em placa, tipo impingem, mas também pode afetar os nervos da face, dos braços e das pernas. Em geral são lesões mais dormentes, mas pouco numerosas.

As duas formas clínicas acima são consideradas paucibacilares, ou seja apresentam raríssimos bacilos, em geral não perceptíveis nos exames laboratoriais e não são consideradas contagiosas.

A hanseníase Virchowiana-V é a forma mais grave e disseminada da doença, ocorrendo em pessoas que permitem a multiplicação de muitos bacilos. Assim pode afetar pele, nervos, olhos, articulações, gânglios, causar rinite, etc. Nesse caso, a doença pode ser sistêmica e se apresentar com sintomas gerais, com reações graves do organismo: ínguas, inchaços, febre, dores nas juntas, caroços no corpo, acometimento dos testículos, etc.

A hanseníase Dimorfa ou Borderline é uma forma intermediária entre as formas polarizadas T e V. Em geral tem manifestações de ambas as formas. Dependendo do momento do diagnóstico, pode ser menos contagiosa, mais próxima do T. Mas, se o diagnóstico é tardio, pode causar muitas sequelas e as manifestações clínicas se assemelham à forma Virchowiana.

Estas duas formas clínicas são multibacilares e responsáveis por manter a cadeia de transmissão da doença.

Quais são os meios de diagnosticar a hanseníase?

O diagnóstico é feito pelo exame clínico, da pele e nervos. Poucos pacientes vão de fato exigir exames mais complexos. Estes servem para confirmar e ajudar na classificação.

Que exames uma pessoa deve pedir para que saiba se tem hanseníase?

O teste da sensibilidade ao calor (quente ou frio?), à dor (sente dor?) e ao tato (sente o toque na pele?) é o mais simples e pode diagnosticar a maioria dos casos. Nenhuma outra doença leva à dormência típica da hanseníase, na pele.

O exame dos nervos da face (olhos), braços (cotovelo, mãos, dedos) e pernas (joelho, tornozelo, dedos) é fundamental. Na doença estes podem doer, ficar engrossados e acarretar formigamentos e dormência nas áreas onde passam. No diagnóstico tardio se observam atrofias e perda da força muscular de mãos, pés, dedos.

Os exames de esfregaços de pele e biópsias de pele e de nervos confirmam a doença e ajudam no diagnóstico diferencial, especialmente nos casos mais avançados. Eletromiografia de nervos periféricos também pode ajudar a diferenciar de outras neuropatias.

Há algum método alternativo de tratamento da doença?

Não. O tratamento é de dois tipos: para Paucibacilares e outro mais longo para Multibacilares.

Os casos multibacilares podem apresentar complicações da doença e exigir tratamento com outros medicamentos, para as reações imunológicas. Estas podem continuar ocorrendo por um tempo após o fim do tratamento para a doença, porque são uma espécie de “alergia” do organismo a restos do bacilo. O tratamento é gratuito e deve ser acessível nos postos de saúde do SUS.

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Há alguma prevenção para a hanseníase?

A prevenção é a informação generalizada dos sintomas para estimular a autodetecção na fase inicial; o exame clínico periódico das pessoas que conviveram com algum portador da doença antes do tratamento; e a vacina BCG.

Quais as principais recomendações para os portadores de hanseníase e seus familiares?

Considerar a doença como outra qualquer, que tem tratamento e cura. Se o diagnóstico da pessoa foi tardio e a mesma apresentar complicações (reações) e sequelas, deverá ser acompanhada por muitos anos e irá necessitar do apoio da família. É sempre bom lembrar que mesmo as pessoas que apresentam as formas contagiosas deixam de transmitir logo no início do tratamento. Por esse motivo não são recomendadas medidas de afastamento. O pior foi o contato antes do diagnóstico. Todos que tiveram convivência com o paciente nessa fase devem ser avaliados, vacinados e ficar atentos ao possível adoecimento, que pode ocorrer até muitos anos após.

Dra. Maria Leide W. de Oliveira é doutora em Medicina (Dermatologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996). Atualmente é professora adjunto/titulação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Medicina e administração pública, com ênfase em Dermatologia e Saúde Pública. Atua principalmente nas dermatoses de repercussão coletiva, especialmente na hanseníase (leprosy). Gerente Nacional do Programa de Controle da Hanseníase (cedida ao MS) por três períodos é pela 2ª vez membro do Comitê Assessor do Global Leprosy Program (WHO.)

FONTE ; IDMED

Solidariedade: cães e gatos também doam sangue para animais doentes

Assim como os humanos, cães e gatos podem precisar de transfusões de sangue. Para suprir o estoque dos hemocentros veterinários da cidade, paulistanos submetem seus animais a uma nobre tarefa: doar sangue.

“Antigamente, quando um cão precisava de uma transfusão, pedíamos para o tutor trazer um outro cachorro de porte grande para a doação. Mas hoje em dia, o nosso trabalho é semelhante ao de um banco de sangue humano”, afirma Márcio Moreira, veterinário responsável pelo banco de sangue do Hospital Veterinário da Faculdade Anhembi Morumbi. Felizmente, avanços da medicina veterinária permitem que atualmente o sangue de cães e gatos seja armazenado por até 40 dias.

Além disso, é possível transformar uma bolsa de sangue doado em três: uma de plaquetas, uma de hemácias e uma de plasma. Enquanto o plasma pode ter validade de um ano, se congelado a -20 °C, as plaquetas são usadas apenas nos 5 dias que seguem a sua coleta. “Por isso, precisamos de ajuda na divulgação da importância da doação de sangue”, diz Márcio.

Existem vantagens em tornar o seu animal um doador. Pra começar, ele salvará vidas de outros animais com doenças infecciosas, inflamatórias, que passam por tratamento oncológico ou sofreram acidentes. “O animal doador não recebe dinheiro pela doação, mas passa por um check-up gratuito, o que ajuda a prevenir doenças”, afirma Márcio. Caso precise de serviços hospitalares futuros, o cão ou gato também ganha descontos no hospital.

O procedimento para doar é simples: o animal é levado ao hospital e coleta uma pequena amostra de sangue, que passará por 15 exames laboratoriais. Constatada a saúde do peludo, ele é cadastrado como doador, e pode fazer esse ato nobre a cada 40 dias. Hoje existem cerca de 300 animais cadastrados, e 80 são doadores frequentes.

Durante a coleta, os gatos são sedados, para a sua comodidade. Já os cães permanecem acordados, e têm uma veia da pata ou do pescoço pinçada. A doação leva apenas de 10 a 15 minutos.

“É muito difícil um animal passar mal, porque diferente de nós, eles não têm o medo psicológico da agulha”, diz Márcio. Como a equipe faz carinho no cão durante todo o processo, e eles ainda ganham recompensas como petiscos no final, existem cachorros que quando chegam no hemocentro, pulam direto na mesa de doação. Será que o seu cão será desse tipo de doador empolgado? Confira se ele se encaixa nos pré-requisitos, e faça um teste.

Para doar sangue, o animal precisa:
- Ter entre 1 e 8 anos de idade
- Pesar mais de 25 quilos (no caso dos cães) ou mais de 4 quilos (para os gatos)
- Estar com as vacinas e vermifugação em dia, assim como o controle de pulgas e carrapatos
- Ser dócil
- Não estar prenhe
- Não apresentar problemas de saúde

Para o seu animal doar sangue, entre em contato com:

Banco de sangue HOVET – Universidade Anhembi Morumbi
Rua Cons. Lafaiete, nº 64 – Brás Tel.: (11) 2790-4693



Imagem: Reprodução / Revista Época SP
Colunista: Rômulo Vitório

Fonte: Época

Pesquisa testa qual quantidade de álcool faz homem ficar bêbado

Um estudo realizado na Escola Nacional de Saúde Pública, uma unidade da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), investiga a relação entre a menor concentração de álcool consumido por um indivíduo e seus efeitos clínicos e comportamentais. Um dos objetivos do trabalho é orientar a reformulação da lei 11.705/08, que estabelece um limite mínimo de tolerância da concentração de álcool no sangue, e, de acordo com pesquisadores, não possui embasamento científico.

Para formar esse painel, os pesquisadores contam com 400 pessoas, entre homens e mulheres, com IMC (Índice de Massa Corporal) considerado normal e obesos. Os participantes foram divididos em duas faixas etárias: entre 20 e 40 anos e entre 40 e 60 anos.

Arthur de Mello Prates, responsável pela pesquisa, diz que a bebida usada no estudo é a cerveja, por ser bastante popular e muito consumida no Brasil.

– Os participantes ingerem o álcool em condições controladas e nós fazemos coletas de sangue e urina para exames clínicos e também realizamos exames neurocomportamentais e psicotécnicos para, assim, estabelecer qual é a menor concentração de etanol que leva um indivíduo a ter prejuízo cognitivo, como nos seus reflexos e na sua capacidade motora, por exemplo.


Imagem: Reprodução