domingo, março 27, 2011

Uso de celular enfraquece espermas e compromete a reprodução


A epidemiologista Devra Davis lidera uma cruzada para fazer as pessoas deixarem o celular longe de suas cabeças. Convencida de que a radiação emitida pelo aparelho lesa a saúde, ela escreveu "Disconnect" (sem edição no Brasil), cuja base são pesquisas que começam a mostrar os efeitos dessa radiação no organismo. Nesta entrevista ao jornal Folha de São Paulo, ela também perguntou: "Vamos esperar as mortes começarem antes de mudar a relação com o celular?". Quais os riscos para a saúde de quem usa celular? Devra Davis - Se você segurá-lo perto da cabeça ou do corpo, há muitos riscos de danos. Todos os celulares têm alertas sobre isso. As fabricantes sabem que não é seguro. Os limites [de radiação] definidos pelo FCC [que controla as comunicações nos EUA] são excedidos se você deixa o celular no bolso. Quais os riscos, exatamente? Devra Davis - O risco de câncer é muito real, e as provas disso vão se avolumar se as pessoas não mudarem a maneira como usam os telefones. Trabalhei nas pesquisas sobre fumo passivo e amianto. Fiquei horrorizada ao perceber que só tomamos atitude depois de provas incontestáveis de que danificavam a saúde. Reconheço que não temos provas conclusivas nesse momento. Escrevi o livro na esperança de que meu status como cientista tenha peso, e as pessoas entendam que há ameaça grave à saúde e podemos fazer algo a respeito. Mas há estudo em humanos que dá provas categóricas? Devra Davis - Quando você diz "provas", você quer dizer cadáveres? Você acha que só devemos agir quando já tivermos prova? Terei que discordar. Hoje temos uma epidemia mundial de doenças ligadas ao fumo. O Brasil também tem uma epidemia de doenças relacionadas ao amianto. Só recentemente vocês agiram para controlar o amianto no Brasil, apesar de ele ainda ser usado. Ninguém vai dizer que nós esperamos o tempo certo para agir contra o tabaco ou o amianto. Estou colocando minha reputação científica em risco, dizendo: temos evidências fortes em pesquisas feitas em laboratório mostrando que essa radiação danifica células vivas. Qual a maior evidência disso? Devra Davis - A radiação enfraquece o esperma. Sabemos por pesquisas com humanos. As amostras de esperma foram divididas ao meio. Uma metade foi mantida sozinha, morrendo naturalmente. A outra foi exposta a radiação de celulares e morreu três vezes mais rápido. Homens que usam celulares por quatro horas ao dia têm a metade da contagem de esperma em relação aos demais. Crianças correm mais perigo? Devra Davis - O crânio das crianças é mais fino, seus cérebros estão se desenvolvendo. A radiação do celular penetra duas vezes mais. E a medula óssea de uma criança absorve dez vezes mais radiação das micro-ondas do celular. É uma bomba-relógio. A França tornou ilegal vender celular voltado às crianças. Nos EUA, temos comerciais encorajando celular para crianças. É terrível. Fico horrorizada com a tendência de as pessoas darem celulares para bebês e crianças brincarem. Sabemos que pode haver um vício no estímulo causado pela radiação de micro-ondas. Ela estimula receptores de opioides no cérebro. Jovens usam muitos gadgets que emitem radiação Devra Davis - Sim, e eles não estão a par dos alertas que vêm com esses aparelhos. Não é para manter um notebook ligado perto do corpo. As empresas colocam os avisos em letras miúdas para reduzir sua responsabilidade quando as pessoas ficarem doentes. É possível comparar a radiação de celular à fumaça? Devra Davis - Sim. O tabaco é um risco maior. Mas nunca tivemos 100% da população fumando. Agora, temos 100% das pessoas usando celular. Então, ainda que o risco relativo não seja tão grande, o impacto pode ser devastador. Nos maços de cigarro, há aquelas fotos horríveis. Esse é o caminho para o celular? Devra Davis - Isso é o que foi proposto no Estado do Maine (EUA). Está se formando um grande movimento para alertar as pessoas a respeito dos celulares. Isso é o que aconteceu com o fumo passivo. Vamos começar a ver limites para a maneira e os locais onde as pessoas usam celular. A maioria não sabe que, se você está tentado conversar num celular em um elevador, a radiação está rebatendo nas paredes e fica mais intensa em você e em quem estiver perto. Além de usar fones, o que é possível fazer para prevenir? Devra Davis - Enviar mensagens de texto é mais seguro do que falar. Ficar com o celular nas mãos, longe do corpo, é bom, e mantê-lo desligado também. Mas celular é um vício! Devra Davis - Sim. Temos que usá-lo de forma mais inteligente. DEVRA DAVIS Doutora em estudos científicos pela Universidade de Chicago e mestre em saúde pública pela Johns Hopkins. ATIVISMO É fundadora da ONG Environmental Health Trust, que faz campanhas sobre riscos do tabaco, amianto e dos celulares para a saúde LIVROS "When Smoke Ran Like Water" (2002), sobre poluição, "The Secret History of the War on Cancer" (2007), sobre as causas ambientais do cãncer, e "Disconnect" (2010). Fonte: Folha Online

Restos de comida, falta de saliva e má escovação são causas do mau hálito


Em 90% dos casos, problema de mau cheiro tem origem na própria boca Mau hálito é um tema delicado, tanto de falar quanto de sentir. As pessoas ficam constrangidas quando alguém próximo apresenta o problema e, quando são elas mesmas que têm, geralmente não sabem. Alguns terminam logo a conversa, outros oferecem uma bala ou chiclete para disfarçar, e há os que perguntam discretamente se o colega já foi ao dentista ou faz limpeza bucal diariamente. Para falar sobre a halitose, que pela manhã - ao acordar - chega a atingir quase toda a população, o Bem Estar desta quinta-feira (24) contou com a presença da dentista Luciana Marocchio, especialista no assunto. Ela deu dicas de higienização e também falou sobre os alimentos que podem ajudar a amenizar o hálito. Segundo Luciana, o cheiro ruim vem das bactérias que trabalham demais e exalam gases de enxofre. O problema não é decorrente do estômago (em 90% dos casos, tem origem na própria boca) nem contagioso, mesmo com beijo. Há, ainda, o chamado "odor de fome", quando o corpo está em jejum prolongado e sem energia. Outras vezes, o mau hálito é causado por alimentos (como cebola, alho, comidas gordurosas, frituras e queijos fortes) ou pelo consumo excessivo de bebida alcoólica. Entre as causas relacionadas à boca estão: má escovação, falta de saliva, crosta branca na língua (saburra, que acumula restos de comida e células que fermentam), inflamações na gengiva (gengivite) e resíduos de alimentos e saliva nas amídalas. A escovação ideal, de acordo com Luciana, deve durar de 15 a 20 minutos. Pela manhã e à noite, é preciso fio dental e limpador de língua (não servem os que ficam na parte de trás das escovas). A melhor escova tem cabeça pequena e cerdas macias. Quem usa aparelho ortodôntico deve comprar uma escova especial, e a elétrica só é indicada para quem apresenta deficiência motora. Além disso, não se deve fazer enxágue com produtos à base de álcool, que podem favorecer o aparecimento de saburra na língua. Feito tudo isso, deve-se ir ao dentista uma vez por ano. Se houver mau hálito, o profissional vai identificar a causa. O halímetro é o aparelho que mede o hálito pela quantidade de enxofre na boca. De 0 a 100, é um nível normal. Entre 100 e 2.000, a pessoa deve procurar tratamento. Em 2 ou 3 semanas de acompanhamento no consultório, o paciente já começa a apresentar resultados. Mas, para evitar o problema, alguns cuidados básicos são recomendados, como tomar bastante água (2 litros por dia) e não ficar muito tempo sem comer (fazer cerca de 6 refeições ao longo do dia, a cada 3 horas), para que o metabolismo e o corpo funcionem da maneira correta. Além dessas dicas, barrinhas de cereal, que contêm fibras; frutas como maçã e laranja; e balas de menta podem ajudar. Imagem: Ilustração Fonte: G1

Como tirar riscos de telas de celular

Os visores de celular são uma parte extremamente sensível do aparelho. Se o dono não for bem cuidadoso, em pouco tempo, a tela pode ser tomada por vários pequenos riscos. Claro que, conforme a tecnologia evolui, os displays também vão se tornando mais resistentes. Mas isso não significa que estes sejam impossíveis de acontecer. No caso das mulheres, é comum deixar o aparelho dentro de bolsas com itens como moedas, chaves e demais objetos cortantes que fazem parte do dia a dia feminino. Já para os homens, chaves de carro e de casa são os principais inimigos de um visor sem riscos.


Mas vamos ao que interessa.

Este artigo não pretende discutir a causa, mas apresentar maneiras de trabalhar com as consequências que, neste caso, são os arranhões. Procurando soluções para este problema, foram encontrados alguns depoimentos em fóruns de informática que se encaixam perfeitamente no tema deste texto. É importante ressaltar que a intenção deste artigo é fazer um apanhado com as técnicas mais utilizadas nestes casos. O Baixaki não se responsabiliza por possíveis danos causados pela aplicação indevida de materiais que possam prejudicar o funcionamento dos aparelhos.


Pasta de dente


Por mais que pareça estranho e que remeta à ideia de uma técnica bizarra, muitos dos donos de celulares – e até de monitores de computador – com o visor riscado resolveram o problema com a utilização deste material de higiene pessoal. Grande parte dos usuários que escreveram depoimentos sobre este método relatou já ter tentado outras formas, mas sem obter muito sucesso. Para esta técnica é preciso ter em mãos uma pasta de dentebranca – não pode ser aquelas em gel – e um pedaço de algodão ou um cotonete. A utilização é simples: aplique a pasta e esfregue com o algodão ou com o cotonete, sem forçar muito, por cerca de cinco minutos. Após este período, limpe o visor até que não reste nenhuma partícula do material e confira o resultado. Caso o arranhado ainda persista no visor, tente repetir o processo. Dependendo do tipo de display, o risco pode ir saindo um pouquinho por vez, como é o caso das telas LCD. Mas, preste atenção, não utilize por muitas vezes seguidas, pois isso pode tirar a camada de verniz que protege o visor, tirando o brilho e deixando-o com uma aparência fosca.


Atacando o material escolar


As borrachas escolares também podem ser utilizadas para este fim. Segundo os relatos, a que reverte em melhor resultado é aquele modelo retangular de cor verde. Esfregue levemente o material sobre a tela, exatamente em cima do risco, e depois limpe a superfície para conferir o resultado. Caso seja necessário, repita a aplicação mais vezes, sempre tomando muito cuidado para não forçar o visor. Este método é recomendado para aparelhos com display de LED.


Vaselina


Se você fez cara feia para a técnica baseada em pasta de dente, provavelmente deve achar esta aqui uma coisa de outro mundo. Entretanto, o leitor ficaria surpreso com a eficiência que se pode obter utilizando a vaselina como matéria-prima para tirar riscos de visores LCD. Juntamente com o material de higiene pessoal, esta é outra candidata a número um no combate aos arranhões de visores. Segundo algumas fontes especializadas, isto acontece devido à densidade ótica da vaselina que se iguala com a densidade da tela LCD. Enfim, apesar de estranho, este é um dos métodos que oferece menos chances de danificar o visor do aparelho. Portanto, não custa tentar. Para a utilização, é preciso aplicar uma gota do material em cima do arranhão e espalhá-la levemente com o auxílio de um pedaço de algodão ou de um cotonete. A aplicação não deve demorar mais do que um ou dois minutos. Após este período verifique o resultado retirando o excesso que ficar sobre a tela. Se você não quiser utilizar vaselina, existem algumas substâncias que podem substituí-la, porém, não com a mesma eficácia. Estes materiais são o silicone em pasta e o óleo de soja (ou óleo de cozinha). Apesar de substitutos, eles podem oferecer mais perigo de danos ao visor, portanto, utilize com cuidado e sem exageros.


Displex


Já existe no mercado um produto criado especificamente para o tratamento de arranhões. O mais famoso deles é o Displex: uma pasta que trabalha como um polidor para telas de celular, iPod e PSP. O funcionamento dele se baseia no desgaste da área ao redor do risco, fazendo com que o arranhão não fique tão evidente. O produto pode ser comprado pelo site oficial ou por sites de compra virtual, como o Mercado Livre, por cerca de 30 reais a unidade. Assim como nos outros métodos, a aplicação é simples. Basta colocar um pouco da pasta Displex no local do risco e polir a área com um pedaço de algodão ou com um pano macio e limpo durante três minutos. No caso de arranhões fundos, repita a operação para alcançar melhores resultados. Não é aconselhável aplicar por mais tempo do que o período pré-estabelecido pela marca. Afinal de contas, este produto desgasta a área onde foi aplicada, formando um buraco na tela se ele for utilizado repetidamente. A desvantagem apontada sobre esta substância é o fato de ela tirar o brilho da área na qual é utilizada. Caso o usuário aplique muitas vezes seguidas – o que é necessário para riscos muito profundos –, o visor fica marcado com uma mancha esbranquiçada e fosca. Considerando a opinião dos donos de celular – e monitor – que utilizaram o Displex, chega-se à conclusão de que, apesar de específico para este problema, esta não é a técnica mais indicada. Entretanto, a exposição deste material continuou válida neste artigo para fins informativos. A decisão pela substância ideal cabe a cada usuário.


Soluções alternativas


Existem alguns celulares, os mais antigos, por exemplo, que permitem a troca da capa frontal do celular. Neste caso, o mais fácil é fazer a alteração sem precisar aplicar nenhum produto. Em outros casos, também existe a possibilidade de trocar do visor inteiro. Para isso, consulte uma assistência técnica autorizada para a sua marca. Caso o arranhão tenha atingido apenas a proteção plástica do visor, o problema pode ser resolvido com um polimento bem feito. Para isso, encontre um lugar na sua cidade especializado em polimento de telas em geral – monitores, televisões e celulares, por exemplo – e peça que estes profissionais deem uma ajudinha com o risco.


A prevenção é o melhor caminho


Mas, como já diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar. Portanto, se você ainda não tem nenhum risco na tela do seu celular, e pretende que ela continue assim, pode utilizar as capas protetoras que são desenvolvidas para diversos modelos de celular. Em média, o valor destas películas protetoras fica por menos de 10 reais, mas pode aumentar dependendo do tipo de visor. Fonte: