domingo, abril 03, 2011

Depressão feminina é mais prejudicial para os relacionamentos

Estudo desenvolvido em Israel comprova que quando a mulher está depressiva, ela costuma afetar também seu parceiro, destruindo o relacionamento



Redação Época
O fato de a depressão ser uma doença que pode acabar com relacionamentos já havia sido estudado e comprovado. Agora, pesquisadores israelenses descobriram que quando a mulher sofre de depressão ela pode estar não só se colocando para baixo como trazendo junto consigo seu parceiro. Segundo médicos da Universidade Hebraica de Jerusalém, o fato de a mulher estar deprimida pode afetar negativamente tanto a percepção de seu companheiro quanto a forma como ela percebe os sentimentos dos outros.

Uma pessoa com quadro de depressão geralmente é mais reclusa, introspectiva, necessitada de atenção e mais hostil com os outros. Esses sintomas acabam, segundo os pesquisadores Reuma Gadassi e Nilly Mor, afetando o próprio relacionamento. A depressão, de acordo com eles, impacta negativamente o que é chamado de “precisão empática” - que pode ser alterada, agravando o estado do paciente.

O estudo revelou algo que os pesquisadores chamaram de “efeito do parceiro”. “A depressão feminina afeta sua própria empatia e afeta, também, a precisão empática de seu parceiro”, afirmou Reuma Gadassi. Em outras palavras, isso significa que quando uma mulher em um relacionamento está depressiva, não adianta só ela procurar tratamento. “Você realmente tem que trazer o casal para se tratar”, disse.

Para se chegar aos resultados, 50 casais com uma média de cinco anos de relacionamento foram estudados em duas etapas. Na primeira, responderam a um questionário para medir seu nível de depressão e, na segunda, participaram de dinâmicas interpretativas. Nessas interpretações que faziam, os casais se revezavam no papel de “analista” e paciente. Primeiro elas contavam seus problemas ao parceiro e depois eles se deitavam no divã.

Como acompanhamento, após a dinâmica, os casais mantinham, durante 21 dias, um diário em que anotavam tudo aquilo que os entristecia no relacionamento e nas atitudes do outro. Todos os resultados apontaram na mesma direção: quanto mais depressiva a mulher é, menos ela conseguia perceber os sentimentos de seu parceiro. Já a depressão dos homens não afetava a precisão empática deles, que continuavam entendendo os sentimentos das parceiras.

A conclusão a que chegaram os pesquisadores é que quando é a mulher que está depressiva, o relacionamento sofre mais, já que o homem acaba sendo afetado também. Para Gadassi, as implicações do estudo são enormes, uma vez que “não se pode entender a depressão sem se levar em conta o sexo (do paciente)”.

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