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Quando o assunto é cosmético para criança os pais devem ficar em alerta
Quando se fala em cosméticos para crianças, a legislação preconiza muito mais cautela e severidade para a escolha dos ingredientes que compõem as fórmulas. Sim, é duro um leigo entender os nomes químicos presentes nas composições dos produtos, mas cada dia mais é essencial se autoeducar para ter certeza de que o que o seu filho usa não vai fazer mal agora e nem no futuro, no uso cumulativo durante a vida.
As empresas fabricantes devem levar em conta a segurança dos ingredientes e a reologia (mecânica de fluídos) da formulação são vitais. Se você pensar na pele do bebê, vai verificar que o pH da sua pele é prevalentemente alcalino, devido à presença do vernix caseoso, uma substância graxa, esbranquiçada, que recobre todo o bebê ao nascer. Dentro das 24 horas seguintes ao parto, o pH cai notoriamente, tendendo a uma estabilização por volta do primeiro mês de vida em valores pouco abaixo de 6, portanto discretamente ácido. Digo isso só para que se entenda porque é tão importante conhecer profundamente a estrutura da pele do recém-nascido, do bebê e da criança e verificar o melhor tipo de formulação para cada etapa de desenvolvimento da vida.
Ativos capilares para crianças
Os tensoativos (substâncias que diminuem a tensão superficial ou influenciam a superfície de contato entre dois líquidos) de extrema suavidade, como os sarcosinatos; nos derivados e frações ativas, obtidas de plantas cultivadas sem defensivos tóxicos e extraídos biotecnologicamente, sem solventes maléficos.
Tudo isso parece grego para você? Então comece já a ler a bula de todos os produtos que você compra para seus filhos e vai verificar que muitos desses palavrões são importantes na fórmula do produto cosmético afirma a farmacêutica bioquímica
Hidratantes e sabonetes seguros
Vale a mesma premissa, ingredientes seguros, não parafínicos, não etoxilados e não propoxilados. São bem vindos os bloqueadores físicos de última geração, como o óxido de zinco revestido com silicones especiais, as vitaminas A, C, D e pró-vitamina B5, além de óleos e manteigas vegetais obtidos por prensagem a frio.
E Maquiagens? Também exigem ativos específicos!
Sem dúvida! Além da menor paleta de opções entre pigmentos e micas (grupo de minerais mica inclui diversos minerais similares na composição química) seguros, há a questão dos derivados parafínicos, que devem ser sempre evitados.
Escolha somente itens fabricados por empresas idôneas e reconhecidas. Não caia na tentação de comprar brinquedinhos que pintam o rosto sem saber a procedência do produto. Verifique se a fórmula é dermatologicamente testada e direcionada especialmente para crianças. Afinal o seu filho é a jóia mais preciosa do mundo e você não pode jogar isso no lixo!
Joyce Rodrigues é farmacêutica bioquímica e cosmetóloga - diretora científica e responsável por pesquisa e desenvolvimento - e Vice - presidente das marcas Biomarine e Cosmobeauty. Joyce tem MBA em Cosmetologia e é docente do SENAC e dos cursos de pós-graduação com MBA da Unicastelo/IPUPO. "Sou palestrante de Jornadas Científicas promovidas pela entidade em todos os estados do Brasil e em países como Portugal, Equador e Uruguai". Para aprofundar seus conhecimentos, Joyce marca presença em cursos de especialização em cosmetologia e em congressos internacionais. Fundadora do Instituto Joyce Rodrigues que oferece cursos profissionalizantes para pessoas de baixa renda interessadas em atuar no mercado de beleza e estética.
FONTE : IDMED
Crianças com queixas de dor de cabeça apresentam mais problemas de comportamento, como retraimento, reação emocional e agressividade, quando comparadas a um grupo de crianças sem essas queixas. De acordo com a pesquisa Dor, temperamento e problemas de comportamento em crianças com queixa de dor de cabeça, da psicóloga Luciana Leonetti Correia, estas crianças também apresentam reação de desconforto em relação à intensidade de som, luz e movimento, que podem aparecer nos primeiros meses de vida, sendo um importante potencial indicador de dor de cabeça em fases posteriores do desenvolvimento.
Luciana apresentou os resultados em sua tese de doutorado, defendida em março na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, sob a orientação da professora Maria Beatriz Martins Linhares. “A chance de a criança apresentar queixas de dor de cabeça é cerca de cinco vezes maior nas famílias cujas mães também apresentam essa dor”, revela a psicóloga que também participa como trainee internacional do grupo canadense “Dor na Saúde da Criança” (Pain in Child Health – PICH).
Foram avaliadas 75 crianças, cadastradas em Núcleos do Programa de Saúde da Família vinculados a FMRP na fase pré-escolar, com idade entre três e cinco anos. A queixa de dor de cabeça prevaleceu em 29% delas, de acordo com o relato materno. O objetivo foi investigar a relação entre dor de cabeça, temperamento e problemas de comportamento em crianças com idade pré-escolar, que eram procedentes da população geral, sem diagnóstico prévio de dor de cabeça. A amostra de crianças foi dividida em dois grupos: um que apresentou queixas de dor de cabeça e outro que não apresentou.
Comportamento
As crianças foram avaliadas com base em questionários validados, respondidos pelas mães biológicas, sobre indicadores de temperamento e comportamento da criança e queixas de dor de cabeça por parte delas e dos membros da família. Os dados foram submetidos à análise estatística, sendo realizada a comparação entre os dois grupos e a análise dos indicadores de risco que melhor explicavam a queixa da criança.
Quanto ao temperamento da criança, o grupo com queixa apresentou mais desconforto, que está relacionado a qualidades sensoriais de estimulação tais como intensidade de som, luz e movimento. “Esse desconforto aparece no início do desenvolvimento, podendo ser observado nos primeiros meses de idade. Como esse grupo apresentou média mais alta na dimensão ‘desconforto’, esse pode ser um importante indicador potencial de dor de cabeça em fases posteriores do desenvolvimento”, revela a pesquisadora.
Os resultados para problemas de comportamento forneceram indicadores potenciais de risco para psicopatologia da criança. As crianças com as queixas estão mais expostas para manifestarem problemas de comportamento, do tipo queixas somáticas, como retraimento e reação emocional, chamada de eixo internalizante pela literatura científica, e agressivo, chamado eixo externalizante, quando comparadas ao outro grupo, além de queixas de outras dores, como por exemplo, abdominal. Do total de crianças pesquisadas, a prevalência para queixas de dor abdominal foi de 15%. O estudo também encontrou associação entre as queixas de dor abdominal e de cabeça. “Isso indica a importância de se atentar para um conjunto de indicadores de dor. Além disso, outros estudos na literatura que investigam esta questão têm proposto que ambas as queixas podem fazer parte de uma única condição sintomatológica, que seria a ‘migrânea-abdominal’”, explica Luciana.
De mãe pra filho
A pesquisa descobriu também que na presença de dor de cabeça materna, do tipo enxaqueca, as crianças apresentavam uma chance de quase cinco vezes mais a ter queixa de dor de cabeça, com relação à identificação e sintomas de dor de cabeça entre criança, mãe e outros membros da família. Segundo a autora, a prevalência de queixa pode estar associada com as queixas dessa dor na família, que pode ocorrer devido a fatores genéticos, como mostra a literatura, ou pela perspectiva da aprendizagem social, ou seja, por meio de modelos de dor que estão presentes no ambiente da família.
Segundo a orientadora do estudo, professora Maria Beatriz, esses resultados podem ter desdobramentos para programas na prevenção de risco em mães e crianças com queixa de dor de cabeça, no sentido de identificar outras dores associadas e reconhecer indicadores ou precursores de problemas ao longo do desenvolvimento de crianças. Por outro lado, torna-se também relevante rastrear preventivamente indicadores de dor de cabeça em filhos de mães que apresentam cefaléia.
Fonte: Rosemeire Soares Talamone, do Serviço de Comunicação Social da Coordenadoria do Campus de Ribeirão Preto da USP e Agência USP de Notícias
FONTE : IDMED