Uma dupla que está dando o que falar. Afinal conquistar dez prêmios em apenas dois meses em festivais nacionais de música não é para qualquer um.
Foram três primeiros lugares, dois segundos, um terceiro e duas vezes vencedores com a melhor letra, uma como melhor arranjo e uma como melhor intérprete, conquistados apenas no circuito Espírito Santo/Minas Gerais. Imagina então o que Dimas Deptulski e Efrahim Maia já fizeram por este Brasil afora e ainda vão fazer?
A última conquista foi no Festival de Música da Caixa Econômica Federal, realizado há 11 dias em Bicanga (Serra-ES), quando eles ganharam quatro troféus com as músicas Camafeu (primeiro lugar, e melhores letra e arranjo) e Teia (segundo lugar). Resultados que representarão o Estado na etapa nacional que vai acontecer em Goiânia, no início de dezembro.
Os outros foram: com a música “Aranha do Tempo”, no dia 13 de agosto foi em Vitória (segundo lugar), no dia 14 em Alvinópolis/MG (terceiro), e no dia 28 em Paracatu/MG (primeiro e melhores arranjo e letra). Neste último, eles concorreram com grandes nomes do gênero como Zebeto Corrêa, Marinho San, Tânio Cezar, entre outros. No dia 5 de setembro, com Camafeu. foi em Santa Maria do Suaçuí/MG (primeiro lugar),
Juntando os currículos, os dois acumulam quase meio século de estrada, cantorias e amizades por onde foram para cantar. Dimas, 44 anos, tem uma história com cerca de 100 festivais, dos quais 50 premiações. Iniciou a carreira nos festivais em 1988, quando participou e venceu o Festival Municipal de Música de Colatina e depois não parou mais de participar de outros, que hoje são sua grande escola para cantar e compor, e também virar um estudioso no assunto. Os cantores Pereira de Viola e Bilora são seus companheiros de longa data nesta estrada.
Dimas também é poeta. Funcionário da Caixa Econômica Federal há 23 anos, há oito anos exerce o cargo de secretário Municipal de Cultura da Prefeitura de Colatina, onde desenvolve mais de trinta projetos culturais. Entre eles, os que ele já tem credencial para organizar com sua larga experiência como “festivaleiro do Brasil”: os cinco festivais de música que promove por ano. Na área, destaque também para a Escola Municipal de Música, que conta com 1.200 alunos. Sem contar os concursos literários, as mostras de cinema e teatro, entre outros.
É necessário citar também o que trouxe para Colatina: o Encontro de Teatro Popular Latino-americano (Entepola), em parceria com o grupo La Carreta, do Chile, totalmente gratuito, que entra em sua quarta edição na próxima semana (6 a 10) e que vai receber atores capixabas, cariocas, paulistas, brasilienses e ainda os peruanos e argentinos.
Efrahim, 52 anos, cantador há 30 anos dos festivais, é baiano, criado em Belo Horizonte e há seis anos mora em Colatina. Gravou seu primeiro CD “Canto das Águas” ainda em Belo Horizonte, com o qual concorreu ao prêmio Sharp, em 2008. Lançou seu segundo CD “Mar e Lua”, com treze trilhas, das quais sete de autoria de Dimas. Atualmente é coordenador de formação cultural da Prefeitura, e do Projeto Sinfonia, desenvolvido na Escola de Música (violão, viola, acordeon e teclado), que tem 10 núcleos no município.