sexta-feira, agosto 27, 2010
Humoristas protestam no RJ contra lei que proíbe fazer piada com políticos
Passeata reuniu nomes do primeiro time do humor brasileiro. Multidão caminhou e brincou da orla de Copacabana ao Leme.
Hélio de La Peña, Marcelo Madureira e Fábio Porchat comandam o protesto (Foto: Bernardo Tabak/G1).
Humoristas se reuniram na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, na tarde de muito sol deste domingo (22), para tratar de um assunto sério. Eles foram protestar contra uma lei eleitoral que proíbe que sejam feitas sátiras com candidatos durante o período de campanha eleitoral. A manifestação, que foi organizada pelo grupo Comédia em Pé, teve a participação de grandes nomes do humor nacional, como Hélio de La Peña, Marcelo Madureira e Cláudio Manoel, do Casseta & Planeta, Danilo Gentili, do CQC, Sabrina Sato, do Pânico na TV, além de Sérgio Malandro, Bruno Mazzeo, Lúcio Mauro Filho e outros.
A lei eleitoral 9.504, de 1997, diz em seu texto, que é proibido a emissoras de TV ou de rádio “usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito”. A proibição vale tanto para a programação normal, como para os noticiários.
“É como se proibissem falar de futebol em época de Copa do Mundo”, comparou Mazzeo. “Essa lei é estapafúrdia e antidemocrática. E a democracia foi reconquistada no Brasil com muita luta. Muita gente morreu para que a gente vivesse em um país democrático”, enfatizou Lúcio Mauro Filho, um dos mais incisivos no discurso.
Para humorista, fazer humor hoje é mais difícil do que na ditadura.
Marcelo Madureira, um dos fundadores do jornal Casseta Popular, que fazia sátiras de políticos em plena ditadura, disse que é mais difícil fazer humor hoje do que durante o regime militar. “Hoje a censura é pior porque não é explícita. Tanto políticos de direita, quanto de esquerda, usam o poder que têm para inibir emissoras de rádio e TV”, ressaltou. “Os políticos não querem ser expostos”, acrescenta Lúcio Mauro. “Hoje, existe um movimento anti-imprensa, antimídia. Uma lei anti-humor deixa o Brasil muito atrasado”, analisa Cláudio Manoel.
O protesto, que atraiu a atenção de centenas de pessoas, se concentrou em frente ao Hotel Copacabana Palace. Por volta das 16h, os humoristas, acompanhados de uma multidão, fizeram uma caminhada em direção à Praia do Leme, continuação da orla de Copacabana. Os manifestantes recolheram assinaturas contra a lei.
Marcelo Madureira, ao lado de Fábio Porchat, integrante do Grupo Comédia em Pé, comandaram a passeata. E durante o percurso ficou provado que, como manifestantes, eles são ótimos humoristas, pois muitos comediantes ficaram para trás, ainda na concentração. “Rubinho, Rubinho”, berrou Porchat ao megafone, acompanhado pela multidão, chamando pelos atrasados. Mais adiante, outro coro foi puxado: “Um, dois, três, quatro, cinco, mil, queremos liberdade para os humoristas do Brasil!”.
“Essa lei não deveria nem existir”, afirmou Danilo Gentili. “Os políticos abriram a ‘porta dos desesperados’ errada, e agora os humoristas saíram atrás deles”, brincou Sérgio Malandro, referindo-se a um quadro do seu antigo programa. “Os humoristas não vieram aqui fazer piadas, mas sim para lutar por elas”, concluiu Lúcio Mauro Filho.
O protesto, que atraiu a atenção de centenas de pessoas, se concentrou em frente ao Hotel Copacabana Palace. Por volta das 16h, os humoristas, acompanhados de uma multidão, fizeram uma caminhada em direção à Praia do Leme, continuação da orla de Copacabana. Os manifestantes recolheram assinaturas contra a lei.
Marcelo Madureira, ao lado de Fábio Porchat, integrante do Grupo Comédia em Pé, comandaram a passeata. E durante o percurso ficou provado que, como manifestantes, eles são ótimos humoristas, pois muitos comediantes ficaram para trás, ainda na concentração. “Rubinho, Rubinho”, berrou Porchat ao megafone, acompanhado pela multidão, chamando pelos atrasados. Mais adiante, outro coro foi puxado: “Um, dois, três, quatro, cinco, mil, queremos liberdade para os humoristas do Brasil!”.
“Essa lei não deveria nem existir”, afirmou Danilo Gentili. “Os políticos abriram a ‘porta dos desesperados’ errada, e agora os humoristas saíram atrás deles”, brincou Sérgio Malandro, referindo-se a um quadro do seu antigo programa. “Os humoristas não vieram aqui fazer piadas, mas sim para lutar por elas”, concluiu Lúcio Mauro Filho.
Fonte : http://g1.globo.com/
Pegou mal uma piada do "CQC", da Band
Rafinha Bastos fez piada com a dependência química de Walter Casagrande Júnior.
Na última segunda-feira, após exibir imagens do lançamento da linha de vinhos de Galvão Bueno, Marcelo Tas ironizou o narrador, dizendo que ele estava muito chique. Rafinha Bastos não perdoou e disse: "A cesta de Natal da Globo inclusive vai vir com o vinho do Galvão Bueno, com a farinha do Casagrande...". O humorista referia-se à cocaína. Segurando a risada, Tas pediu que Bastos não fosse malvado. O comentarista de futebol Walter Casagrande Júnior já confessou publicamente sofrer de dependência química. Entre entre 2007 e 2008, ele se internou por um ano em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos.
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