segunda-feira, maio 30, 2011

Os efeitos do cigarro sobre os dentes e a boca

Quais os perigos que a fumaça do cigarro representa para a saúde bucal?

O uso crônico de tabaco é considerado um fator de risco para uma série de doenças orais. Toda forma de uso de tabaco é comprovadamente prejudicial à saúde do homem e especialmente da boca. O consumo de cigarros, charutos ou produtos de tabaco mascado pode causar prejuízo à saúde bucal. A maioria das pesquisas encontradas na literatura é relacionada ao uso de tabaco na forma de cigarros.

Entre os principais danos à boca causados pelo fumo estão o câncer bucal, a doença periodontal e a halitose. O fumo também causa manchas nos dentes, língua e mucosas, deixando a boca com manchas escuras denominadas melanose do fumante. As defesas do organismo ficam diminuídas, tanto sistêmicas quanto locais, prejudicando a cicatrização de feridas e a osteointegração de implantes dentários.



O tabaco causa mau hálito?

Sim, os produtos da combustão do tabaco são uma das principais causas de mau hálito, também denominado halitose. Os odores da fumaça inalada são expelidos durante a fala e a respiração. O uso de cigarro, charuto, cachimbo, maconha ou tabaco mascado (fumo de rolo), associado a uma má higiene da boca, da língua e à presença de doença periodontal, pode tornar o hálito extremamente desagradável. Outro agravante é a diminuição do fluxo salivar (boca seca) causada por essas substâncias, diminuindo a “limpeza” fisiológica do próprio organismo, aumentando a halitose do paciente.



É possível perder os dentes devido ao fumo?

Sim, vários estudos comprovam a associação hábito de fumar com a doença periodontal. A doença periodontal é um processo inflamatório crônico da gengiva e/ou dos tecidos de suporte dos dentes, podendo levar à reabsorção óssea alveolar, ao aumento da mobilidade dental, à exposição das raízes e perda dos dentes.

A principal causa de doença periodontal é o acúmulo de placa bacteriana nas superfícies dos dentes. Essa placa é composta principalmente por bactérias que produzem toxinas que destroem os tecidos de suporte dos dentes (gengiva, cemento, osso e ligamento periodontal), causando gengivite (inflamação das gengivas) e periodontite (inflamação dos tecidos ao redor do dente). A periodontite, quando severa, afeta o osso, causando aumento da mobilidade e até mesmo a perda dos dentes.

O exato papel do tabaco sobre os tecidos periodontais tem sido amplamente investigado. Pesquisas afirmam que fumantes têm maior acúmulo de placa que não-fumantes e que as bactérias presentes nessa placa são mais agressivas, podendo causar formas mais graves de doença periodontal. Outros estudos afirmam que as toxinas presentes no cigarro podem induzir ou exacerbar a doença periodontal existente, além de prejudicar o tratamento, alterando a resposta imune local e diminuindo a ação dos fibroblastos na reparação dos tecidos lesados. A severidade da doença periodontal está relacionada com a duração e a quantidade de cigarros fumados por dia.



Por que a saúde bucal de um fumante é mais frágil do que a do não-fumante?

De acordo com o INCA, o consumo de tabaco causa aproximadamente 50 doenças diferentes e um fumante adoece em média 2 a 3 vezes mais que um não-fumante. Na composição do cigarro estão mais de 4.720 substâncias, dentre elas mais de 60 são capazes de causar danos ao nosso organismo. Na boca, o cigarro agride as células da mucosa e ainda diminui sua capacidade de cicatrização e de defesa, deixando-a mais sujeita à ação de agentes agressores como bactérias, vírus e fungos, além de conter substâncias carcinogênicas que aumentam a probabilidade do desenvolvimento de câncer bucal.



Por que os dentes e as gengivas escurecem?

Entre os componentes do cigarro está a nicotina, que se acumula nas superfícies dos dentes, causando uma pigmentação escura.

A pigmentação das mucosas é denominada melanose do fumante. A nicotina do cigarro estimula a produção de melanina, causando manchas acastanhadas, principalmente nas gengivas dos fumantes de cigarro e nas comissuras e nas bochechas dos fumantes de cachimbo. As mulheres são mais afetadas, e tem sido sugerido que tal fato se deva aos hormônios femininos. As pigmentações ocorrem mais em fumantes inveterados. Com a cessação do hábito de fumar as manchas na mucosa desaparecem gradativamente, mas pode levar até três anos para que isso ocorra.



O cigarro pode provocar problemas na salivação?

Sim. A saliva tem um papel importante na proteção da boca, do epitélio gastrointestinal e da orofaringe. Em sua composição estão substâncias que participam da limpeza da boca e do equilíbrio da microflora bucal. A diminuição de saliva aumenta o risco de cáries e a propensão à candidose bucal.

O cigarro causa diminuição na secreção salivar, deixando uma sensação de boca seca, denominada xerostomia. Esse sintoma provoca dificuldade na mastigação, deglutição e fonação, além de tornar a mucosa bucal mais sensível, podendo surgir feridas na boca e fissuras na língua.

Um estudo do Instituto de Tecnologia Technion-Israel, em Haifa, recriou os efeitos do cigarro em células cancerígenas na boca. Metade das amostras foi exposta somente ao fumo e outra a uma mistura de fumo e saliva. Os pesquisadores constataram que o cigarro combinado com a saliva produz mais danos às células que o cigarro separadamente.


O hábito de fumar pode causar que tipos de câncer na região da boca e da garganta?

O tabagismo está relacionado aos cânceres de lábio e da cavidade bucal (câncer de boca), faringe, laringe e esôfago. Dependendo do tipo e da quantidade de tabaco usado, os fumantes apresentam uma probabilidade 4 a 15 vezes maior de desenvolver câncer de boca do que os não-fumantes. Se a pessoa deixa de fumar esse risco decresce, mas somente após 10 anos sem fumar terá o mesmo risco de desenvolver a doença que uma pessoa que nunca fumou.

A causa do câncer não tem um único fator definido. Ela depende de uma série de fatores sistêmicos, como doenças sistêmicas e deficiências nutricionais, e de fatores externos aos quais o indivíduo se expõe voluntariamente, como o fumo, o álcool e os raios solares. Entre os pacientes que morrem em decorrência de câncer da cavidade bucal, 90% são fumantes.

O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas de pele clara que se expõe por muito tempo ao sol sem proteção. A grande maioria (90%) dos casos ocorre no lábio inferior e aparece como uma ulceração indolor, endurecida, rígida e encrostada no vermelhão do lábio inferior.

Na boca as áreas mais afetadas são a língua e o assoalho da boca. As lesões aparecem inicialmente como pequenas feridas indolores que não cicatrizam, aumentos de volume (caroços, inchaços) ou manchas esbranquiçadas ou avermelhadas.

De acordo com as estimativas do INCA para 2008, o câncer de boca está em 5º lugar em incidência no Brasil, seguido pelo câncer de esôfago.



Há mudanças no paladar?

Sim, o fumante tem alterações no olfato e no paladar dos alimentos. O fumo causa atrofia das papilas gustativas do dorso da língua, ocasionando diminuição do paladar, especialmente de alimentos salgados.



Há riscos de cárie?

Ainda não há uma comprovação científica de uma relação direta entre prevalência de cáries e fumantes. Existem algumas hipóteses que sugerem que as modificações na saliva causadas pelo fumo diminuem o potencial de remineralização e limpeza da saliva, aumentando o risco de cárie. Alguns estudos mostraram que fumantes têm maior quantidade de acúmulo de placa bacteriana que não-fumantes e uma higiene bucal mais deficiente, além de uma diminuição das defesas do organismo, o que leva a um maior risco de doença periodontal, expondo as raízes dos dentes ao meio bucal e à ação de bactérias cariogênicas.

Um estudo de 2003 nos Estados Unidos demonstrou uma associação entre tabagismo passivo e cáries nos dentes decíduos (de leite). O tabagismo passivo foi avaliado pelo nível de um derivado da nicotina, a cotinina, presente na saliva de crianças expostas à fumaça de cigarros. O nível socioeconômico, os hábitos alimentares e de higiene bucal dos dois grupos foram similares. Foi encontrado que nas crianças expostas ao cigarro o pH da saliva era significantemente mais ácido, o que pode causar maior desenvolvimento de cáries. O estudo também encontrou que aproximadamente 32% das crianças expostas ao cigarro tinham cáries nas superfícies de seus dentes de leite, comparado com 18% das crianças não expostas.



Quais os tratamentos para combater alguns efeitos do cigarro?

Mais importante que tratar é prevenir, é orientar o paciente dos riscos para sua saúde e dos que o cercam e orientá-lo a parar de fumar. O dentista tem que estar ciente de sua importância como profissional de saúde na colaboração em campanhas antitabagistas e no diagnóstico precoce de lesões bucais, aumentando a chance de cura dos pacientes e diminuindo as sequelas dos tratamentos.

O fumante deve realizar visitas ao dentista periodicamente, fazendo um acompanhamento dos dentes, gengivas e principalmente da mucosa bucal. Existem tratamentos periodontais e restauradores para limitar os danos causados pelo cigarro e pela má higiene bucal. As manchas nos dentes podem ser removidas por limpeza profissional e clareamento dental, desde que o paciente pare de fumar.

O Estomatologista é o profissional dentista especializado, capaz de identificar lesões cancerizáveis e realizar biópsias ou coleta de células da lesão para um correto diagnóstico e realização dos tratamentos necessários.

O autoexame é outra arma importante que o paciente tem na prevenção do câncer bucal. Ele é feito pelo próprio paciente diante de um espelho, em ambiente iluminado, inspecionando-se todas as superfícies da boca, principalmente parte posterior da língua e assoalho bucal. O paciente deve procurar:



- Feridas ou úlceras que não cicatrizem por mais de 15 dias;

- Manchas ou placas esbranquiçadas que não são removidas por raspagem;

- Manchas ou placas avermelhadas;

- Lesões nodulares, endurecidas;

- Inchaços na boca ou no pescoço.



Esse exame não substitui o exame feito por um profissional especializado. Mesmo se você não encontrar nenhuma alteração, não deixe de consultar um cirurgião-dentista pelo menos uma vez ao ano.



Para prevenir o câncer bucal o fumante deve:

Reduzir o uso do cigarro e se possível até mesmo abandoná-lo. Devemos lembrar que os danos são proporcionais à quantidade de cigarros fumados.

Evitar a associação do fumo com o álcool, pois este aumenta os efeitos nocivos do cigarro.

Ter uma alimentação saudável, consumindo frutas, legumes e verduras.

Realizar consultas periódicas com o dentista e manter uma boa higiene bucal.

Cigarro: o que realmente funciona quando se quer parar?


A lei antifumo é capaz de fazer as pessoas pararem de fumar?

Restrições de locais onde o tabagismo é permitido fazem com que fumantes reduzam consumo. Aqueles que possuem baixa dependência e estão motivados poderão, se tentarem, conseguir deixar de fumar com mais facilidade do que costumam imaginar. Os que possuem alta dependência nicotínica podem ter dificuldades com esta redução do consumo necessária para se adaptar às novas condutas trazidas pela lei; a estes, recomenda-se procurar apoio profissional para que consigam deixar de fumar sob apoio comportamental e medicamentoso.

 
Quais são os benefícios da lei antifumo a curto e a longo prazo, tanto para o fumante quanto para aqueles que não fumam?

No curto prazo há o claro respeito ao direito de TODOS (fumantes ou não) de frequentarem ambientes fechados livres de fumaça de cigarro. Fumantes, ao terem que respeitar a lei, poderão experimentar maior facilidade para deixar de fumar, o que deveria ser aproveitado por todos como uma "oportuna janela de oportunidade" para a mudança de comportamento rumo à cessação do tabagismo.

No longo prazo há redução da ocorrência de doenças tabaco-relacionadas entre fumantes e não fumantes, ou seja, melhor qualidade de vida, redução de gastos desnecessários com a manutenção do tabagismo (que também ocorre quando se, pelo menos, reduz o consumo para respeitar a lei), redução de gastos públicos e privados com tratamentos de saúde, redução de absenteísmo nas empresas por doenças tabaco-relacionadas, redução de aposentadorias precoces com doenças tabaco-relacionadas, aumento da expectativa de vida dos que deixam de inalar a fumaça e, tão importante quanto as anteriores, conscientização da sociedade de que fumar é permitido, desde que não imponha aos não fumantes os riscos do tabagismo.

 
Medidas como imagens chocantes em embalagens de cigarro ajudam a reduzir o consumo de tabaco pelos fumantes?

As imagens de advertência nos maços de cigarros tem como objetivo alertar sobre os riscos do consumo. Portanto, possuem função educativa; não devemos interpretá-las como um método para redução do consumo de cigarros ou para tratamento do tabagismo. Mesmo assim, elas acabam indiretamente funcionando como motivadoras para a redução do consumo e para a cessação, tirando o fumante da contemplação e levando-os à prontidão para a mudança comportamental mais rapidamente que na ausência de qualquer intervenção.

 
Ao proibir propagandas de tabaco, o sistema consegue evitar que mais pessoas se tornem consumidoras da indústria do tabagismo?

Sim. Comprovadamente a redução da exposição de crianças e adolescentes às propagandas de cigarros limita a experimentação e, consequentemente, a iniciação tabagísticas. Isto já foi demonstrado em diversos estudos e vem esimulando governos do mundo inteiro a adotar estas restrições, já vigorando no Brasil há longa data.

 
É possível parar de fumar sem chicletes de nicotina e filtros para cigarro? Que medidas devem ser tomadas por aqueles que decidem tirar o cigarro de suas vidas?

Todos que desejam deixar de fumar devem tentar. Caso apresentem dificuldade, indica-se a busca de um profissional de saúde para solicitar orientações sobre como deixar de fumar. O tratamento consiste de orientações que motivem e orientem a mudança de comportamentos (intervenção cognitivo-comportamental) e o apoio farmacológico. Entre as opções farmacológicas disponíveis hoje estão as terapias de reposição nicotínica (gomas, adesivos e pastilhas), a bupropiona e a vareniclina, todas consideradas de primeira escolha para tratamento do tabagismo. Não há estudos que comprovem qualquer benefício em se usar filtros para deixar de fumar, desta forma não são recomendados pelos organismos nacionais e internacionais como alternativa terapêutica.

 
Grupos de apoio e centros de tratamento anti-tabaco são indicados em quais casos?

Estão indicados aos fumantes que já tentaram deixar de fumar e não conseguiram ou àqueles que têm receio em tentar sem apoio profissional especializado.

 
Terapias alternativas, como a hipnose e a acupuntura, são eficazes no tratamento do tabagismo?

Da mesma forma como os filtros, acupuntura e hipnose não apresentam estudos científicos que comprovem sua eficácia como tratamentos para o tabagismo. Estudos maiores e melhor delineados são aguardados.

É importante, para a pessoa que deseja fumar, sentir-se apoiado e impelido à parar de fumar? No caso de um marido querer parar de fumar, e a esposa continuar fumando: seria interessante a mulher parar também, ou ao menos parar de fumar ao lado do marido? Ou não faz diferença?

Sim. Quanto maior o apoio social (principalmente familiar), melhor. O sucesso no tratamento do tabagismo depende da motivação do fumante. Se ele não se sente apoiado pelos amigos e familiares, mais difícil será suportar as dificuldades que podem surgir durante o tratamento.

Com relação ao comportamento de cônjuges, recomenda-se que a iniciativa seja sempre valorizada e respeitada pelo(a) parceiro(a), não sendo necessário que os dois parem simultaneamente. Se quiserem tentar juntos, melhor, mas não é mandatório. O importante é que exista influência positiva, respeito, estímulo e valorização constantes.

 
É importante um acompanhamento psicológico para aquele que quer parar de fumar?

Não é necessário que o tratamento seja feito sempre com um(a) psicólogo(a). Qualquer profissional de saúde deve saber recomendar e orientar o fumante durante uma tentativa de deixar de fumar. Quando realizado acompanhamento em centros de referência, porém, recomenda-se que exista abordagem de todos os aspectos de interesse: psicológicos, médicos, nutricionais e relacionados à atividade física.


Como fazer alguém que não deseja parar de fumar, se livrar do vício?

Não é possível mudar comportamentos se não há motivação. Para deixar de fumar, portanto, é pressuposto essencial que o fumante manifeste este desejo.

Fernando Henrique defende regulamentação da maconha e causa polêmica

Ex-presidente conduz o documentário Quebrando o tabu. No filme, ex-presidentes reconhecem que falharam em suas políticas de combate às drogas.

Um ex-presidente da república roda o mundo, grava um documentário e levanta uma bandeira bem polêmica. Segundo ele, o consumo de maconha deveria ser regulamentado.

Sábado, 21 de maio, Centro de São Paulo. A Marcha da Maconha, proibida pela Justiça, vai às ruas e é reprimida pela polícia.

"Não adianta querer tratar um debate de ideias com porrada. A gente não vai aceitar, a gente vai continuar", argumenta o jornalista Júlio Delmanto.

As vozes pela descriminalização, ou até pela liberação da maconha, estão ganhando apoio de peso. O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira, já defendeu publicamente até a formação de cooperativas para o plantio de maconha.

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Diretor de Tropa de Elite diz ser a favor da legalização da maconha

E agora o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, prestes a completar 80 anos, conduz um documentário que defende a descriminalização do uso de drogas e a regulação do uso da maconha.

Por que o presidente resolveu meter a mão nesse vespeiro? "Porque é um vespeiro. As pessoas não tem coragem de quebrar o tabu e dizer: vamos discutir a questão", diz Fernando Henrique Cardoso.

No filme "Quebrando o tabu", que estreia nesta semana, Fernando Henrique Cardoso e ex-presidentes do México, Ernesto Zedillo; da Colômbia, César Gaviria; e dos Estados Unidos, Jimmy Carter e Bill Clinton reconhecem: falharam em suas políticas de combate às drogas.

Perguntado sobre o motivo pelo qual não foi implementado em seu governo, Fernando Henrique Cardos responde: "Primeiro porque eu não tinha a consciência que tenho hoje. Segundo que eu também achava que a repressão era o caminho".

Todos concluem que a guerra mundial contra as drogas, iniciada há 40 anos, é uma guerra fracassada. Bilhões de dólares são gastos no mundo inteiro, mas o consumo cresce, e cresce o poder do tráfico, espalhando a violência. As armas constantemente recolhidas dos traficantes no Rio de Janeiro são a prova de que a polícia trabalha enxugando gelo. É preciso ir além das apreensões de drogas e do combate aos traficantes.

"Um ponto central é questionar a lógica de guerra, não é defender o uso da droga. É apenas dizer: ‘vamos ver, vamos pensar se não existem jeitos mais inteligentes e mais eficientes de lidar com esse assunto’", diz o diretor do filme Fernando Gronstein Andrade.

No Brasil, a maconha é a droga mais difundida. Consumida por 80% dos usuários de drogas; 5% da população adulta. Mas é inofensiva a ponto de ser legalizada?

"Não há droga inofensiva. Qualquer coisa depende da dose, da sensibilidade do indivíduo. Agora, entre as drogas usadas sem finalidade médica para fins de divertimento, para fins de recreação, a maconha é bastante segura", afirma Elisaldo Carlini,médico da Unifesp especializado em drogas.

Palavra de quem há mais de 40 anos estuda a questão e trata dependentes. O professor Elisaldo Carlini representa o Brasil nas comissões de drogas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das Nações Unidas.

"Defendo totalmente a descriminalização", diz Carlini.

"Eu sou contra porque quanto mais fácil você tornar a droga disponível na sociedade, maior será o consumo", defende o psiquiatra da Unifesp Ronaldo Laranjeira.

O professor Ronaldo Laranjeira trata de dependentes químicos há 35 anos. "Ela é uma droga perigosa. Um dos principais exemplos é que 10% de todos os adolescentes menores de 15 anos que experimentam com a maconha vão ter um quadro psicótico", afirma.

Na lista das drogas mais perigosas publicada na revista médica "Lancet", respeitada no mundo inteiro, a maconha aparece em 11º lugar, bem atrás do álcool e até mesmo do cigarro, que são vendidos legalmente.

"Álcool é mais letal do que maconha. Não se diz isso, mas é. Pelo menos os dados mostram isso. Então, temos que discutir e diferenciar, regular o que pode e o que não pode", defende o ex-presidente Fernando Henrique.

Regular não é o mesmo que legalizar. E foi isso que Fernando Henrique Cardoso descobriu indo para a Holanda. Lá a maconha é vendida em cafés. Mas o governo não legalizou o uso indiscriminado. Funciona assim: a regulamentação determina que você não pode consumir nas ruas, nem vender fora dos cafés; nos locais determinados, fuma-se maconha sem repressão policial.

"Na Holanda é muito interessante. Os meninos de colégio – eu conversei com eles - não têm curiosidade pela maconha, porque é livre", garante Fernando Henrique Cardoso.

O consumo de maconha é tolerado e, mesmo assim, vem caindo. Desde 2006, a lei brasileira já trocou a prisão por penas alternativas para quem é pego com drogas e considerado usuário, não traficante. Mas que quantidade de drogas, que situação caracteriza o tráfico? Isso a lei deixa a critério do juiz.

É uma linha difícil de estabelecer. Como o doutor Drauzio Varella explica no documentário: "Como a droga é criminalizada, é um crime você possuir a droga, não vão dez pessoas comprar se uma pode comprar e dividir entre as dez. E o menino que usa droga percebe que, dessa maneira, também se ele vender um pouquinho mais caro, a dele sai de graça", argumenta o médico no filme.

Nesse caso, o usuário vira traficante e acaba na prisão, onde, como se sabe, a droga circula facilmente.

Em Portugal, o consumo de entorpecentes não dá mais cadeia desde 2001. Mas há uma penalidade: o usuário tem que fazer tratamento médico e prestar serviço social.

"A maior parte dos que usam drogas quer sair dessa situação. E a existência de um caminho que não os leve à cadeia, mas que leve ao tratamento, é positiva", ressalta Fernando Henrique.

O ministro da Saúde de Portugal explica que dez anos depois o tratamento é gratuito para dependência em todo tipo de droga – da maconha ao crack.

"Dez anos depois, o que nós vemos? Os nossos jovens consomem menos drogas ilícitas", revela o ministro.

"Eu não vejo nenhum sentido em criminalizar o uso e a posse dessas drogas todas. É um caso de saúde, não é um caso de polícia", avalia Elisaldo Carlini.

Mas qual é a estrutura que o Brasil tem hoje para tratar seus dependentes?

"Essas pessoas ficam perambulando pelo sistema de saúde ou perambulando, literalmente, pelas ruas, no caso dos usuários de crack. E você fica desassistindo ativamente essa população", comenta Ronaldo Laranjeira.

O Ministério da Saúde já fez as contas do que falta para tratar dependentes químicos: 3,5 mil leitos hospitalares, 900 casas de acolhimento e 150 consultórios de rua, para chegar às cracolândias, por exemplo. Mas a previsão é atingir essa meta só em 2014.

"Como ministro da Saúde, tenho opinião como ministro. Exatamente isso: nós do Sistema Único de Saúde (SUS) precisamos reorganizar essa rede e ampliá-la rede para acolher usuários de drogas, sejam lícitas ou ilícitas", afirma Alexandre Padilha.

Na Suíça e na Holanda, existem os projetos chamados de redução de danos: dependentes de drogas pesadas, como heroína, recebem do governo a droga e agulhas limpas.

"É terrível ver isso. Mas você vê também que ali está um doente, não um criminoso", constata Fernando Henrique Cardoso.

Triste, mas é essa redução de danos que evita a transmissão de doenças infecciosas, mortes por overdose e a ligação dos usuários com o crime.

"Eu não estou pregando isso para o Brasil, porque a situação é diferente, o nível de cultura, riqueza e violência é diferente. Cada país tem que buscar seu caminho. É isso que eu acho fundamental. Quebrar o tabu, começar a discutir e ver o que nos fazemos com a droga", diz Fernando Henrique Cardoso.

Ouvindo um ex-usuário famoso, o documentário dá uma pista: campanhas de prevenção abertas e honestas podem funcionar.

"O grande perigo da droga é que ela mata a coisa mais importante que você vai precisar na vida: o seu poder de decidir. A única coisa que você tem na sua vida é o seu poder de decisão. Você quer isso ou quer aquilo? Seja aberto, seja honesto. Realmente, a droga é fantástica, você vai gostar. Mas cuidado, porque você não vai poder decidir mais nada. Basta isso", alerta o escritor Paulo Coelho.


Fonte: fantastico.globo.com

Anvisa aprova uso de vacina contra HPV para homens no Brasil

 

Além do combate às verrugas, a vacina foi eficiente em 85,6% dos casos para evitar a infecção persistente pelo vírus

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso de uma vacina para combater o vírus do papiloma humano (HPV, na sigla em inglês) em homens de 9 a 26 anos. A aplicação é recomendada para quatro tipos do vírus, responsáveis por causar verrugas genitais. A substância não está disponível na rede pública e custa R$ 900.

O uso de vacinas contra o vírus em homens já existia no Brasil, com o remédio sendo prescrito por médicos por conta da relevância de estudos que já apontavam o efeito benéfico das imunizações no sexo masculino. Mas a agência regulatória brasileira ainda não havia aprovado a indicação de nenhuma das substâncias para homens. Já para mulheres, esse aval existe desde 2006.

O laboratório responsável pela fabricação da vacina conseguiu a aprovação com base em um estudo divulgado na "New England Journal of Medicine", uma das principais publicações médicas do mundo, que comprovava a redução de 90% das verrugas externas na região genital.

O estudo clínico foi feito em 4.065 homens de 18 países, com idades entre 16 a 26 anos. A eficiência da vacina foi testada para os tipos 6, 11, 16 e 18 do vírus. Por atacar quatro tipos de HPV, a vacina recebe o nome de quadrivalente. Durante a pesquisa, o efeito da substância foi testado em comparação com placebos.
Além do combate às verrugas, a vacina foi eficiente em 85,6% dos casos para evitar a infecção persistente pelo vírus.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os tipos 16 e 18 respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero. Já os tipo 6 e 11 estão presentes em 90% das verrugas genitais. Nos homens, o HPV pode levar a câncer no pênis, no ânus e na orofaringe.

Sobre o HPV
O HPV é uma das principais causas de câncer de colo de útero em mulheres no mundo. Atualmente, 630 milhões de pessoas carregam o vírus. É comum que o micro-organismo esteja no corpo de uma pessoa sexualmente ativa, mas não provoque nenhum sintoma, podendo ser eliminado com o tempo. São conhecidos mais de 200 tipos do vírus, mas somente alguns são de alto risco oncológico.

O contágio se dá pelo contato com a pele de uma pessoa portadora do vírus. O uso da camisinha durante relações sexuais diminui o risco, porém não elimina a chance de infecção, já que o micro-organismo pode entrar no corpo da pessoa saúdavel pela pele ou por mucosas. O corpo normalmente desenvolve anticorpos contra a ameaça, mas em alguns casos a defesa natural do organismo não é suficiente.

Uma pesquisa anterior, publicada na revista "Lancet" e com participação de brasileiros, mostrou que metade dos participantes contraiu o vírus do papiloma humano. A falta de atenção do sexo masculino com a doença já foi alertada até pelo Nobel de Medicina de 2008 Harald zur Hausen - em entrevista ao G1 em 2010 -, o responsável por descobrir a relação entre o HPV e o câncer de colo de útero.


Fonte: TV GAZETA

segunda-feira, maio 23, 2011

Quer uma vida longa? 6 dicas para você viver mais

Nossa rotina e hábitos têm um grande impacto em nossa saúde e, acredite, no quanto vivemos. Manter seu dia a dia saudável pode literalmente acrescentar anos a mais em sua vida. Veja 6 dicas para você viver mais:

1- O exercício físico está em todos os lugares

A tecnologia faz tudo mais fácil, é verdade, mas também nos deixa mais preguiçosos. Porém, exercitar-se diariamente é essencial para a boa saúde. Estudos indicam que fazer exercícios todos os dias pode adicionar 3 anos a mais na sua vida. E não adianta vir com a desculpa de que é difícil encontrar tempo para malhar. As oportunidades estão em todo lugar: estacione o carro mais longe e vá ao seu destino a pé, use as escadas...

2- Não pule o café da manhã

Se deseja viver mais, esqueça o velho hábito de sair de casa em jejum. Pesquisadores descobriram que aqueles que tomam o café da manhã têm menos propensão a serem obesos e diabéticos do que aqueles que pulam essa refeição. Além de tudo, quem faz o desjejum se sente melhor mentalmente e fisicamente, começando muito bem o dia. Um café da manhã saudável tem carboidratos, proteínas e uma pequena porção de gordura. O ideal é que você varie o cardápio para conseguir todos os nutrientes que seu corpo precisa, o que quer dizer que você não deve ficar apenas no pãozinho na chapa.

3- Durma o suficiente

Inúmeros estudos comprovam que a falta de sono de qualidade pode encurtar sua vida. Ainda não há consenso sobre quantas horas realmente precisamos, mas dormir menos que 7 horas ou só dormir em horários estranhos parece aumentar o risco de doenças graves como câncer, problemas cardíacos, diabetes e obesidade. Mas não é só a falta de sono que pode ser prejudicial. O estresse e a ansiedade deixam marcas que podem diminuir o seu tempo de vida. Por isso, é importante que encontre formas para relaxar durante o dia, como ouvir uma música, receber uma massagem ou meditar. Relaxar pode, inclusive, fazer você dormir melhor.

4- Fio dental pode adicionar mais de meia década na sua vida

No livro The RealAge Makeover, o autor Dr. Michael Roizen afirma que usar fio dental pode aumentar cerca de 6 anos em sua expectativa de vida. Pode ser um dado um pouco exagerado, mas o que acontece é que a má higiene bucal pode gerar doenças como a gengivite e periodontite. Essas doenças podem levar a um estreitamento das artérias, uma das causas de doença cardiovascular. Por isso, escovar os dentes e usar o fio dentaltodos os dias pode livrar nosso coração de uma surpresa ruim.

5- Tenha amigos

Qualquer relacionamento que você tenha, seja na igreja, no trabalho, na aula de ginástica ou no clube, pode ter um impacto positivo para seu bem-estar físico e mental. Amigos nos encorajam a cuidar da saúde e oferecem apoio emocional, ajudando a superar a ansiedade e a depressão. Pode parecer pouca coisa, mas faz diferença nos anos a mais de vida que você pode ter.

6- Hidrate-se

Manter-se hidratado é essencial para prolongar a vida. Nosso corpo é composto 70% por água. Ela regula nossa temperatura corporal, protege nossos órgãos e articulações e ajuda a transportar oxigênio para as células. Você não precisa necessariamente beber 8 copos de água por dia, contanto que você se hidrate com frequência com água e outras fontes, como sucos e frutas.

Reunião hoje segunda dia 23 de maio de 2011


Convidamos os Moradores do Bairro Jardim Planalto para a reunião hoje, onde trataremos de vários assuntos que interessa a todos.
Local : Rua Cravo n. 87
Bairro : Jardim Planalto
Horário : 19:30 hs

Residencia do Presidente do Bairro

Contamos com a participação de todos.

Aposentadoria: novas regras para concessão não vão valer para 2011

As novas regras para a concessão da aposentadoria dificilmente vão valer ainda este ano.


Além das discussões interminaveis do governo com as centrais sindicais, ainda haverá um segndo turno de debates no Congresso.


Como estamos em ano pré-eleitoral - as eleições municipais antecipam as eleições gerais - o Congresso dificilmente votará as mudanças a tempo de vigorar este ano.


É intenção do governo enviar a proposta de mudança para o Congresso Nacional no segundo semestre, após negociação com as centrais sindicais.
Diante da inviabilidade política de se aprovar uma idade única para homens e mulheres terem acesso ao benefício, o governo vai propor a redução da diferença, hoje em cinco anos.


Dessa forma a nova idade mínima, para os trabalhadores que ingressarem no mercado de trabalho a partir da vigência da nova lei, será de 65 anos para o sexo masculino e de 63 anos para o feminino.



Fonte: Correio Brasiliense

terça-feira, maio 10, 2011

“Colesterol ruim” pode não ser tão ruim assim, afirma pesquisa

O chamado “colesterol ruim”, mais conhecido como LDL, pode não ser tão ruim como se pensa. Foi o que constatou um estudo da Universidade Texas A&M, que reacende o debate sobre colesterol, principalmente entre adultos que se exercitam. O estudo foi publicado no Journal of Gerontology.

Os pesquisadores examinaram 52 adultos de 60 a 69 anos que não eram fisicamente ativos, mas que estavam com a saúde geral boa. O estudo mostrou que, após terem sido submetidos a treinos vigorosos, os participantes que ganharam mais massa muscular também tiveram níveis mais elevados de LDL, o “colesterol ruim”. “Isso mostra que é necessária certa quantidade de LDL para ganhar mais massa muscular. Não há dúvidas de que é preciso os dois – LDL e HDL – e a verdade é que o colesterol é algo bom. Não se pode simplesmente remover todo o colesterol ruim do corpo sem gerar problemas graves ao organismo”, diz Steve Riechman, um dos pesquisadores.

O LDL é referido como colesterol ruim porque tende a acumular nas paredes das artérias, causando uma desaceleração do fluxo sanguíneo, que, muitas vezes, leva a ataques do coração e outras doenças cardíacas. Já o HDL, considerado bom, ajuda a remover o colesterol acumulado nas artérias. “Mas é aí que as pessoas começam a entender tudo errado. O LDL tem um propósito muito útil. Ele atua como um sinal de que algo está errado e mostra ao corpo estes sinais de alerta. As pessoas costumam dizer que querem se livrar de todo o colesterol ruim, mas o fato é que, se isso acontecesse, você morreria”, explica Riechman. “Todo mundo precisa de uma quantidade do LDL e HLD no corpo. Precisamos mudar esta ideia do LDL sendo sempre o vilão”, completa.

Segundo o pesquisador, os tecidos precisam do colesterol que é entregado pelo LDL. “Quanto mais LDL no sangue, melhor a construção do músculo durante o treinamento de resistência”, afirma. Riechman diz que este estudo também poderia ser útil para uma condição conhecida como sarcopenia, que é a perda muscular devido ao envelhecimento.


Fonte: Journal of Gerontology

Pisadas: qual é o seu tipo?

Não basta só olhar para os pés do corredor. É importante observar joelhos e quadril, em movimento e parado.

É muito importante definir corretamente a maneira como você pisa ao caminhar e correr, é fundamental na escolha do tênis apropriado, evitando lesões e dores posteriores.

Antes de mais nada, é preciso lembrar que teste de pisada não é observar o desgaste da sola do calçado. Isso costuma levar a um diagnóstico errado, do chamado “falso supinador”. É preciso analisar quando e como o calcanhar toca o solo.

Fique atento às características abaixo e, se rolar alguma dúvida, faça um novo teste de pisada, de preferência numa clínica de fisioterapia ou ortopedia.

Pronadores

Pronadores têm a pisada para dentro, apoiando o pé mais internamente. A maioria dos pronadores apresenta joelho valgo, isto é, curvo para dentro. Isso força não só os próprios joelhos, podendo levar à dor e a problemas de menisco, como também o quadril.

Além disso, os casos de pronação costumam ser mais frequentes entre as mulheres, devido à anatomia preparada para a gravidez e o parto. O quadril mais largo acaba forçando os joelhos, que se curvam para dentro. Para manter o equilíbrio do corpo, o ponto de apoio dos pés fica mais interno, provocando a pisada pronada. Isso é conhecido como joelho em X.

Supinadores

A pisada supinada é a mais rara dos três tipos. Acontece quando o ponto de apoio do pé é na região mais externa. Nesse caso, o corredor costuma ter joelhos varos, ou seja, abertos.

Neutros

Os sortudos que têm pisada neutra não apresentam nenhum tipo de desvio ao caminhar ou correr. Os neutros não sofrem nenhum desabamento lateral do calcanhar. O pé toca o solo corretamente e o ponto de apoio é central.

No caso dos neutros, as pressões são equilibradas e suportadas de maneira certa pelos joelhos e quadris.

 
Lesões mais comuns em corredores:

Uma dorzinha aqui, outra acolá, um músculo que “pega’’ depois do oitavo quilômetro, aquela fisgada na panturrilha quando o percurso é íngreme… todo corredor tem um rosário de dores familiares, que aparecem com certa frequência e geralmente não incomodam muito, apenas o lembram do esforço físico. Entretanto, por ser uma atividade de alto impacto e totalmente viciante, a corrida produz algumas lesões que pedem atenção e tratamento. Nada grave: a tríade fisioterapia, descanso e gelo costuma resolver. (É IMPORTANTE A ORIENTAÇÃO DE SEU MÉDICO/FISIOTERAPEUTA E DE SEU PROFESSOR.)

Entorses de tornozelo

Corredor de rua já sabe: volta e meia um buraco aparece no caminho e lá se vai o pé, pisando meio fora, meio dentro e estirando ou até mesmo rompendo os ligamentos do tornozelo. Em geral, gelo e repouso são suficientes para reduzir a inflamação e cicatrizar a cartilagem lesionada. Entretanto, se a dor for muito intensa e persistir, é importante procurar um ortopedista (especialista em pé e tornozelo) que avalie a lesão e libere o retorno aos treinos.

Tendinite no tendão de Aquiles

Tendão de Aquiles é o ligamento que vai do calcanhar até a panturrilha. Quando inflamado, provoca dor durante caminhadas e trotes curtos, dor pela manhã e mesmo sua ruptura parcial pode necessitar de cirurgia (por orientação médica).

Para tratar procure um ortopedista e um fisioterapeuta, reduza treinamentos em ladeiras e aplique gelo. Em alguns casos, os treinos têm que ser abandonados por um período, para que o tendão seja totalmente recuperado.

Dor patelofemoral - Síndrome da dor patelofemoral (dor anterior no joelho)

É a dor mais comum entre corredores – talvez por ser mais chata de todas e de difícil indicação: a dor é difusa, ocorre no joelho como um todo e o corredor não sabe indicar exatamente onde é o ponto dolorido. Além disso, pode aparecer horas após o treino, como durante uma sessão de cinema, em que a perna fica na mesma posição.

Trata-se de uma inflamação na articulação (estruturas que compõem a articulação do joelho) que une a patela do joelho e o fêmur, o osso da perna. Ocasionada por falta de alongamento e excesso de treinos, o tratamento é muito simples: alongue-se bastante, antes, durante e depois do treinamento, e fortaleça os músculos das pernas com sessões de musculação na academia, focando especialmente o quadríceps femoral (parte anterior das coxas). Caso a dor persista, orientação médica torna-se necessária.

Canelite

Mais uma das campeãs entre corredores, a canelite é uma dorzinha que aparece na região da frente da canela e se intensifica se o treino é feito em subidas. Como em quase todas as lesões, é resultado de alongamento malfeito e excesso de esforço. Gelo e anti-inflamatórios sob prescrição médica costumam resolver o problema.

Importante lembrar também que fazer um aquecimento antes de pegar pesado na corrida e usar um tênis adequado ao seu biotipo e à sua pisada é fundamental para evitar qualquer problema.

Fasciíte plantar

A fáscia plantar é uma faixa de tecido conjuntivo que reveste o músculo flexor dos dedos, na planta do pé. Geralmente o corredor se queixa de uma dorzinha próxima ao arco do pé ou ao calcanhar quando esse tecido está inflamado. Isso pode acontecer em casos de superpronação ou falta de alongamento.

Isso mesmo, alongamento do pé. Para alongar a fáscia plantar, utilize uma bolinha e massageie toda a sola, dos dedos ao calcanhar, após a corrida. E utilize um tênis adequado à sua pisada.

Metatarsalgia

Um nome complicado para uma das reclamações mais frequentes entre corredores: a inflamação na parte frontal da sola do pé, onde os ossos metatarsais se conectam aos dedos. A sensação é semelhante à de se pisar constantemente sobre uma pedrinha e a dor pode ser bem intensa, a ponto de dificultar uma simples caminhada.

A metatarsalgia ocorre por um problema no alinhamento dos ossos metatarsais, agravado pela corrida, ou também a algum tipo de pé em que o atleta solta uma descarga de peso exagerada nessa região. Use uma almofada metatarsal entre a palmilha e o pé, na região que dói. Ela irá ajudar a amortecer o impacto sobre o local. E uma palmilha personalizada sob medida também ajuda nestes casos.

Neuroma

Os neuromas não são exclusivos de corredores; mulheres que exageram no salto alto são as vítimas preferenciais. Aparece como uma dor na parte frontal do pé, entre o segundo e o quarto dedos, com perda de sensibilidade e até formigamento. Importante: dói mais quando se está calçado do que quando descalço, e melhora se o pé é massageado.

O neuroma é causado por nervos pinçados ou irritados na parte frontal do pé, devido à movimentação exagerada dos ossos metatarsais. Aqui também vale o uso de almofadas metatarsais que complementem o amortecimento do próprio tênis.

Se a dor for persistente, procure um médico para exames mais apurados.


Estudo sugere receita ideal de suco com 7 frutas para proteger coração

Acerola, maçã, uva, mirtilo, morango, lingonberry e chokeberry seriam a mistura mais efetiva, segundo pesquisadores franceses

Uma pesquisa francesa indica que uma receita que mistura o suco de sete frutas pode diminuir o risco de ataque cardíaco e derrame.

Os cientistas testaram diferentes vitaminas com 13 frutas diferentes e descobriram - em testes de laboratório com porcos - que algumas misturas eram mais efetivas em fazer com que as paredes das artérias relaxassem.


A receita ideal, segundo os pesquisadores, inclui frutas fáceis de se encontrar no Brasil, como maçã, uva, morango e acerola. Mas encontrar os demais ingredientes - mirtilo, lingonberry (amora-alpina ou arando-vermelho) e chokeberry (conhecida nos Estados Unidos como aronia)- pode ser uma tarefa complicada.

Polifenóis

Estudos anteriores revelaram que compostos encontrados nas frutas, os polifenóis, protegem o coração e impedem o entupimento das artérias.

Os cientistas franceses decidiram então testar o efeito antioxidante de diferentes misturas de sucos de frutas.

Segundo os pesquisadores da Universidade de Estrasburgo, o coquetel de sete frutas mais efetivo testado por eles aumentaria o fluxo de sangue para o coração, garantindo um melhor equilíbrio entre nutrientes e oxigênio.

O estudo, publicado no periódico "Food and Function", da Royal Society of Chemistry, também descobriu que alguns polifenóis são mais potentes que outros e que sua capacidade de eliminar radicais livres que podem danificar células e DNA é mais importante que a quantidade de polifenóis encontrada em cada fruta.

Saúde

Tracy Parker, da organização British Heart Foundation, diz que a pesquisa confirma a evidência de que o consumo de frutas e legumes reduz o risco de doenças cardíacas, mas faz uma ressalva.

Nós ainda não entendemos por que, ou se, algumas frutas e legumes são melhores que outros. Mesmo este estudo admite que os cientistas não conseguiram estabelecer nenhuma ligação, diz ela.

O que sabemos é que devemos comer uma boa variedade de frutas e legumes como parte de uma dieta balanceada, e suco de fruta é uma maneira prática e gostosa de fazer isso. Mas precisamos lembrar que sucos contêm menos fibras e mais açúcar que a fruta original.

Fonte: Gazeta Online

segunda-feira, maio 09, 2011

Prefeito visita obras

O prefeito Leonardo Deptulski, junto com o secretário de Obras, João Goldner, visitou na manhã de sexta( 06/05) obras em vários bairros da cidade. O primeiro bairro a receber a visita foi o Jardim Planalto, onde está sendo reformada a antiga praça que vai ganhar além de um novo paisagismo, um campo de futebol com grama sintética e uma academia para idosos. Em seguida passaram pelo bairro Operário onde já foi concluído o muro de arrimo para alivio de todos.

No bairro Columbia, o prefeito conversou com moradores que estão muito agradecidos pelas obras de calçamento e asfalto nas principais ruas. O presidente da Associação de Moradores, João Brás Matias, informou que serão asfaltadas as ruas Costa Rica, Beija Flor, Tocantins e parte da Avenida França, além de calçamento na Avenida Perdiz. “Estamos aguardando por essas obras há 17 anos, e estamos muito felizes com a iniciativa da Prefeitura”, enfatiza João Brás.

“Estamos com uma obra grande no bairro Columbia onde vamos colocar asfalto nas vias principais para voltar a ter a qualidade que tinha quando o bairro foi criado. Além disso está sendo feita a regularização fundiária do loteamento Torezani, onde muitas famílias serão beneficiadas”, disse o prefeito.

O loteamento Torezani está recebendo drenagem e rede de esgoto para em seguida ser calçado e iluminado, beneficiando mais de 100 famílias. Além desses bairros o prefeito visitou também o bairro Morada do Sol, São Marcos e Ayrton Senna.


quarta-feira, maio 04, 2011

Só 5% dos que tentam parar de fumar sozinhos conseguem após 1 ano

Mulheres têm mais dificuldade e perdem 14 anos de vida pelo cigarro

Largar o cigarro não é tarefa fácil, e apenas 5% das pessoas que tentam abandonar o vício sozinhas realmente conseguem depois de um ano. As mulheres têm ainda mais dificuldade, e perdem em média 14 anos de vida por conta desse hábito.

O medo de engordar as impede de largar o cigarro, que no sexo feminino acaba desencadeando muitas vezes doenças como câncer de mama ou pulmão, infertilidade, infarto, AVC, mais cólicas pré-menstruais, menopausa precoce e osteoporose.

De todos os indivíduos que fumam - a maioria para aliviar a tensão e a ansiedade -, metade morre em decorrência do vício. Para falar sobre os malefícios do fumo para a saúde e o coração, o Bem Estar desta terça-feira (3) convidou os cardiologistas Roberto Kalil, que também é consultor do programa, e Jaqueline Issa, do Instituto do Coração (Incor). Segundo ela, 50% do tabagismo está relacionado ao histórico familiar.

Um teste mostrou como o cigarro estraga os pulmões mesmo dos adolescentes. A fumaça e a nicotina vão até os pulmões, a corrente sanguínea e os neurônios. Receptores cerebrais disparam impulsos elétricos para a produção de dopamina, um neurotransmissor que dá a sensação de prazer por todo o corpo. A nicotina leva apenas 7 segundos para chegar ao cérebro, contra 11 da cocaína.

Um dos vilões para o coração é o monóxido de carbono, que danifica a parede dos vasos sanguíneos, aumenta a frequência cardíaca, dificulta a absorção de oxigênio e obriga um maior trabalho cardiovascular.

O cigarro também causa inflamação em todas as vias aéreas e prejudica os movimentos dos cílios que limpam o aparelho respiratório, facilitando problemas alérgicos como rinite e sinusite. Na pele, ele destrói a matriz de colágeno, que dá sustentação, e provoca manchas e rugas. Pode, ainda, engrossar a voz nas mulheres. E, com o tempo, há o "efeito tolerância", que leva o fumante a precisar cada vez mais dessas substâncias nocivas para ter o mesmo resultado.

O aumento de peso pode realmente ocorrer: em média 4 kg, pondendo alcançar 10 kg se a pessoa tentar sozinha ou ser menor se houver acompanhamento médico. Isso acontece porque a nicotina tira a fome e prejudica o paladar, especialmente para doces, o que faz comer menos.

A boa notícia é que o número de fumantes no Brasil está caindo: de 16% em 2006 para 15% no ano passado, com maior sucesso entre os homens. E os benefícios de quem para são imediatos:

- Após 20 minutos, a pressão arterial e a pulsação voltam ao normal
- Após 2 horas, já não há nicotina no sangue
- Após 2 dias, o olfato e o paladar melhoram
- Após 3 semanas, a circulação e a respiração ficam mais fáceis
- Em 2 anos, o risco de infarto e AVC cai pela metade, igualando-se ao de quem nunca fumou
- Em 10 anos, o perigo de câncer de pulmão se reduz 80% e, em duas décadas, é igual ao de quem nunca foi fumante

O Ministério da Saúde tem um telefone para ajudar quem quer deixar o cigarro: 0800 61 1997. Nele, é possível encontrar dicas simples, como avisar os parentes que você pretende largar o vício, tirar todos os maços de casa e ocupar a boca com alimentos com cravo e canela.

Além de muita força de vontade, é recomendado procurar um médico ou um grupo de ajuda. A terapia combinada com medicamentos é o tratamento com melhor desempenho. E, quanto mais jovem alguém decidir parar, mais fácil será o processo.


Fonte: G1

segunda-feira, maio 02, 2011

Asma

O que é asma?

Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores, caracterizada por obstrução variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento.



Quais são as causas?

Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas. Existem diversos fatores desencadeantes da crise asmática dentre eles: infecções respiratórias virais, alterações climáticas, poeira, mofo, pólen, cheiros fortes, pêlos de animais, fumo, medicamentos, alimentos e exercício.



Quais os sintomas?

Os sintomas variam muito entre os indivíduos, podendo ser desde quadros leves até quadros graves e até mesmo fatais. Os principais sinais e sintomas observados na crise asmática são tosse, na maioria das vezes seca, falta de ar, chiado no peito e sensação de opressão torácica.



Classificação de intensidade?

É classificada em intermitente, persistente leve, moderada e grave baseada nos sintomas, interferência nas atividades diárias, presença de sintomas noturnos, freqüência de uso de broncodilatador e prova de função pulmonar.


Qual o diagnóstico?

O diagnóstico é baseado na história clínica do paciente, no exame físico, em que o médico pode constatar um aumento da freqüência respiratória e sibilância ou outras alterações na ausculta pulmonar, e exames complementares. Nos exames complementares, destaca-se a prova de função pulmonar para avaliar o grau de obstrução reversível das vias aéreas, radiografia de tórax e teste cutâneo para avaliação da resposta alérgica que serão solicitados conforme avaliação do médico assistente.



Qual o tratamento?

O tratamento da asma é baseado no bom controle ambiental, evitando assim o contato com os fatores, já sabidamente, capazes de desencadear asma, terapia farmacológica e imunoterapia, a ser indicada pelo médico de acordo com o quadro clínico do paciente.

FONTE: http://idmed.uol.com.br/saude-de-a-z/asma.html

Asma: crianças tratadas desde cedo podem não apresentar sintomas na vida adulta

Em 2 de maio é comemorado o Dia Mundial de Combate à Asma, uma doença crônica sem cura que atinge as vias aéreas, obstruindo a passagem de ar.

 Por ser de transmissão genética, as crianças são as principais afetadas, e passam por tratamentos semelhantes aos dos adultos. Em alguns casos, se o tratamento é feito desde cedo, existe a possibilidade da doença não se manifestar na vida adulta.

A asma afeta crianças e adultos, independente do sexo. “Como é uma doença de transmissão genética, é mais comum entre crianças”, diz o presidente da Associação Brasileira de Asmáticos em São Paulo (ABRA-SP), entidade que reúne informações para médicos e pacientes, Dr. Clóvis Eduardo Santos Galvão. Os sintomas mais comuns são tosse seca, chiado no peito, falta de ar e uma sensação de opressão torácica. Se a doença for diagnosticada e tratada desde cedo, pode existir a chance dela não se desenvolver na vida adulta. “Em muitos casos, graças à evolução natural da asma, ela ‘some’ no período da adolescência. Porém, em alguns indivíduos ela volta na idade adulta e em outros não. Infelizmente não temos como prever quem faz parte de um grupo ou de outro”, explica.

Já o tratamento é bem parecido com o dos adultos. “No controle, também chamado de tratamento de manutenção, prescrevemos anti-inflamatórios, como os corticoides. E, em casos de crises, são utilizados os broncodilatadores. O que difere no tratamento é a dosagem, que precisa ser adequada a cada faixa etária”, aponta. Galvão reforça a atenção que se deve ter com os medicamentos. “Alguns broncodilatadores de longa ação são liberados para maiores de seis anos e outros apenas para maiores de 12 anos”, alerta o doutor.

Projeto leva informação para escolas de São Paulo

O Estado de São Paulo oferece tratamento gratuito para pacientes com a doença na rede pública, através dos programas Farmácia de Alto Custo e Aqui tem Farmácia Popular. “Porém, o Estado não oferece atividades de educação aos pacientes e familiares com fins preventivos de forma contínua e consistente”, acrescenta Galvão. Por isso, em 2005, a ABRA-SP criou o Projeto Amigos dos Portadores de Asma e Rinite (PAPAR), que conta com cerca de 600 médicos voluntários. Em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, o projeto leva informação sobre a doença para crianças, adolescentes, familiares e educadores para várias cidades do Estado.


Guia alimentar americano recomenda maior ingestão de leite

Com o intuito de incentivar o consumo saudável de alimentos, foi lançado nos Estados Unidos o Guia Alimentar 2010 (Dietary Guidelines 2010).


 Produzido pelos Departamentos de Agricultura e Saúde e Serviços Humanos norte-americanos, o estudo estabelece as metas de consumo de cada um dos grupos de alimentos, orienta sobre como melhorar a alimentação das pessoas e, consequentemente, reduzir a obesidade.

O guia, publicado este ano, deverá ser usado pelo poder público e por profissionais da saúde. É dividido em três tópicos:

• Balanceamento de calorias;

• Aumento de consumo;

• Redução de consumo.



Isso significa, na prática, comer menos e em menores proporções. Um dos pontos a serem destacados é a recomendação para aumentar a ingestão diária de leite, para que a necessidade de consumo diário de um adulto, que é em média 1.000 mg, seja atingida.

A nutricionista Ana Beatriz Barella diz que as pessoas devem consumir mais leite desnatado e semidesnatado, pois eles contêm até três vezes menos gordura que o leite integral e mantêm todos os nutrientes, incluindo a quantidade de cálcio. “Outra opção é consumir derivados lácteos light, entre eles o iogurte e queijos magros, como a ricota ou o tipo cottage, por exemplo”, explica.

O guia reforça o cálcio como um nutriente importante para a saúde óssea e que contribui para o sistema nervoso, vasos sanguíneos e movimento muscular. Com baixa massa óssea, o indivíduo é mais propenso a ter osteoporose ou outras fraturas. A nutricionista comenta que todas as faixas etárias são encorajadas a consumir a quantidade adequada, mas o guia destaca que crianças a partir de nove anos até a adolescência, mulheres adultas e adultos em geral com idade a partir de 51 anos devem estar ainda mais atentos.



Brasil

Os dados utilizados pelos profissionais da saúde brasileiros são baseados na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) e no Guia Alimentar Brasileiro, publicado pelo Ministério da Saúde. A última edição produzida no Brasil é de 2005 e, segundo os estudos, a população deve ser orientada a consumir três porções de leite e derivados diariamente. Por sua vez, o Governo e o setor produtivo devem incentivar a produção, processamento, comercialização e consumo de leite e laticínios com baixos teores de gordura, tornando-os mais acessíveis física e financeiramente a toda a população.

“O Guia Alimentar 2010 deve basear o Guia Alimentar Brasileiro, a ser publicado em breve, já que diversos países da América Latina adotam o levantamento norte-americano como referência para consumo e saúde para sua população”, declara a nutricionista. “Suas páginas também trazem a consideração de que todos são responsáveis pelas escolhas alimentares, não somente o indivíduo e o Governo, mas também os profissionais de saúde, de comunicação, entre outros.”



Consumo inteligente

Diminuir o consumo diário de gorduras saturadas e sólidas para 10% do total de calorias e de sódio para menos de 2.300 mg também são tópicos importantes do Guia Alimentar 2010. Para quem tem a partir de 51 anos ou sofre de hipertensão, diabetes ou doença renal crônica, o consumo de sódio deve ser ainda menor, no máximo 1.500 mg por dia.

Preencher metade do prato com legumes e vegetais coloridos – verde-escuros, vermelhos e alaranjados –, ingerir cereais integrais e proteínas saudáveis (peixe) três vezes por semana e beber água no lugar de bebidas açucaradas são outras recomendações relevantes.

Para as pessoas que estão acima do peso ou obesas, o ideal é controlar a ingestão calórica total para gerenciar o peso corporal. Isso significa consumir menos calorias, aumentar a atividade física e reduzir o tempo gasto em comportamentos sedentários. “O mais importante é caprichar na refeição e considerá-la um momento importante do seu dia, além de se dedicar a uma atividade física que dê prazer e que contribua para a vida saudável”, finaliza Ana Beatriz.


Como prevenir um acidente de trabalho?

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 330 milhões de trabalhadores são vítimas, todos os anos, de acidentes de trabalho em todo o mundo. O número de mortes também assusta: são 355 mil no ambiente de trabalho e 158 mil por acidentes no trajeto.

Existem dois tipos de acidentes de trabalho: os típicos e os de trajeto. O doutor especialista em medicina do trabalho Marcos Henrique Mendanha acredita que as falhas humanas são as principais causadoras de acidentes. “As causas mais comuns dos acidentes típicos ainda se relacionam a fatores humanos, chamados de atos inseguros”, afirma.

As causas de acidentes típicos podem ser classificadas como atos inseguros e condições inseguras. “Os atos inseguros estão relacionados, normalmente, à negligência ou à imprudência do próprio trabalhador, como, por exemplo, fazer brincadeiras que comprometam a segurança no trabalho ou manusear fios elétricos sem os devidos equipamentos de proteção. Já as condições inseguras são próprias do ambiente de trabalho, como iluminação inadequada, excesso de ruído, entre outros”, explica.

Para Mendanha, as empresas devem combater os atos inseguros e as condições inseguras para reduzir o número de acidentes em um ambiente de trabalho. “O combate aos atos inseguros começa na correta seleção do trabalhador. Embora aptos no quesito saúde, alguns trabalhadores não se enquadram no perfil de determinadas funções por diversos motivos. Já sobre as condições inseguras, o empresário tem que estar disposto a investir em um ambiente de trabalho adequado, confortável, saudável, produtivo e, acima de tudo, seguro. O investimento é fundamental, pois um sistema eficaz de gestão em segurança no trabalho repercute, entre outros setores, no aumento da rentabilidade de uma empresa”, orienta.

A empresa deve manter os protocolos de segurança dentro da rigidez. E isso inclui a contratação correta dos trabalhadores e um exame médico admissional apurado. “Não há espaço para acomodação. A autoconfiança exacerbada por parte do trabalhador é um perigoso fator de risco. Humildade, treinamento contínuo e estado de alerta são os mandamentos essenciais na prevenção dos acidentes de trabalho”, completa.


Pimenta vermelha pode reduzir o apetite, diz estudo

Colocar pimenta vermelha na sua refeição pode fazer você comer menos, principalmente se não está habituado a consumir o tempero.

 Foi o que mostrou uma pesquisa da Universidade Purdue, nos Estados Unidos.

“Isso não quer dizer que apimentar a refeição vai resolver o problema de obesidade. Mas se pequenas atitudes forem tomadas, elas podem ajudar no controle de peso. A introdução de pimenta vermelha nas refeições é benéfica, principalmente se associada a exercício físico e alimentação saudável”, afirma Richard Mattes, professor de nutrição da Universidade, que colaborou com o estudo realizado pela doutoranda Mary-Jon Ludy.

O estudo separou 25 pessoas em dois grupos – 13 que costumavam colocar pimenta em suas comidas e 12 que não. Durante 6 semanas, ambos os grupos consumiram pimenta-caiena, uma das especiarias mais utilizadas no mundo.

No final do estudo, foi percebido que as pessoas que não tem o costume de consumir pimenta vermelha regularmente tiveram uma diminuição da fome, especialmente por gordura, sal e doces.

“As respostas foram diferentes entre aqueles que gostavam de pimenta vermelha e aqueles que não costumavam consumi-la. Isso sugere que o estímulo só funciona quando é desconhecido. Quando ele torna-se familiar, perde a eficácia. Este dado é novo e requer um estudo mais aprofundado para entender como fazer esta eficácia ser contínua”, explica.

Pesquisas anteriores já haviam descoberto que a capsaicina, componente que deixa as pimentas picantes, pode reduzir a fome e aumentar a energia gasta pelo corpo, queimando calorias. Porém, os dados mostravam diferentes níveis da resposta termogênica (aumento de calor do corpo devido à ingesta de alimentos) entre os participantes. Segundo Mattes, essas variações podem ser explicadas pelo grau de preferência do indivíduo pela pimenta.

O pesquisador afirma que os resultados mostraram que, para obter a redução de apetite, a pimenta vermelha deve ser consumida em sua forma natural, e não em cápsulas, já que é o sabor – a experiência sensorial – que maximiza o processo digestivo.

“A queimação na boca é a responsável por reduzir o apetite. A queima contribui para o aumento da temperatura corporal, gasto energético e controle do apetite”, diz Mattes, que estuda o papel do sabor na alimentação e na digestão. “O sabor trabalha em dois momentos. Primeiro, ele determina a palatabilidade dos alimentos, o que influencia nas escolhas alimentares de cada um. Depois, ele influencia a fisiologia, alterando como você digere a comida e a eficiência com que o corpo absorve os nutrientes”, completa.



Fonte: Purdue University